São Paulo, sexta-feira, 08 de dezembro de 2006

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Crise reduz ocupação em vôos a 67% em novembro

Resultado eleva chance de promoções, diz consultor

DA SUCURSAL DO RIO

O número de passageiros transportados no mercado doméstico em novembro já mostra o impacto dos atrasos e cancelamentos referentes à operação-padrão promovida pelos controladores de vôo.
A taxa de ocupação no mercado doméstico recuou de 71% em outubro para 67% em novembro. Apesar do percentual menor em relação ao mês anterior, houve um aumento de 6,7% na comparação com novembro de 2005. O volume de passageiros transportados pela TAM cresceu 33,8% em relação a novembro de 2005. A Gol registrou aumento de 35,9% na mesma base de comparação.
As duas aéreas mantiveram seus patamares de participação no mercado: a TAM respondeu por uma porção de 51,66% do mercado e a Gol ficou com 35,26%. No internacional, a TAM foi líder, com fatia de 61%.
"Ao longo do semestre houve um decréscimo no número de passageiros transportados. Em julho, a taxa de ocupação foi de 80%", afirmou o consultor em aviação Paulo Bittencourt Sampaio. De acordo com ele, o resultado é favorável para o passageiro porque com quase um terço do avião vazio crescem as chances de promoções.
A Gol anunciou ontem redução na projeção de margem operacional no ano, de 23% para 21%, por causa dos problemas no controle do tráfego aéreo brasileiro. A empresa também revisou para baixo a perspectiva de ocupação de aeronaves no ano, de receita líquida e de lucro por ação. A previsão anterior indicava 74% de ocupação em 2006. Agora, aposta em 73%. Já a estimativa para receita líquida anual caiu de cerca de R$ 4 bilhões para algo em torno de R$ 3,9 bilhões. O lucro por ação, previsto antes para entre R$ 3,75 e R$ 4, deverá ficar entre R$ 3,40 e R$ 3,65.

Comissão
A Gol anunciou ainda que reduzirá as comissões a agências de viagens pela venda de passagens a partir de 1º de janeiro. O percentual pago aos agentes vai passar de 10% do valor do bilhete para 7%, em vôos domésticos e 6%, nos internacionais. De acordo com a Gol, a medida é parte de plano de redução de custos que prevê corte de 7% nas despesas por quilômetro em 2007.


Com a Reuters e a Folha Online

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