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Crise reduz ocupação em vôos a 67% em novembro
Resultado eleva chance de promoções, diz consultor
DA SUCURSAL DO RIO
O número de passageiros
transportados no mercado doméstico em novembro já mostra o impacto dos atrasos e cancelamentos referentes à operação-padrão promovida pelos
controladores de vôo.
A taxa de ocupação no mercado doméstico recuou de 71%
em outubro para 67% em novembro. Apesar do percentual
menor em relação ao mês anterior, houve um aumento de
6,7% na comparação com novembro de 2005. O volume de
passageiros transportados pela
TAM cresceu 33,8% em relação
a novembro de 2005. A Gol registrou aumento de 35,9% na
mesma base de comparação.
As duas aéreas mantiveram
seus patamares de participação
no mercado: a TAM respondeu
por uma porção de 51,66% do
mercado e a Gol ficou com
35,26%. No internacional, a
TAM foi líder, com fatia de 61%.
"Ao longo do semestre houve
um decréscimo no número de
passageiros transportados. Em
julho, a taxa de ocupação foi de
80%", afirmou o consultor em
aviação Paulo Bittencourt
Sampaio. De acordo com ele, o
resultado é favorável para o
passageiro porque com quase
um terço do avião vazio crescem as chances de promoções.
A Gol anunciou ontem redução na projeção de margem
operacional no ano, de 23% para 21%, por causa dos problemas no controle do tráfego aéreo brasileiro. A empresa também revisou para baixo a perspectiva de ocupação de aeronaves no ano, de receita líquida e
de lucro por ação. A previsão
anterior indicava 74% de ocupação em 2006. Agora, aposta
em 73%. Já a estimativa para
receita líquida anual caiu de
cerca de R$ 4 bilhões para algo
em torno de R$ 3,9 bilhões. O
lucro por ação, previsto antes
para entre R$ 3,75 e R$ 4, deverá ficar entre R$ 3,40 e R$ 3,65.
Comissão
A Gol anunciou ainda que reduzirá as comissões a agências
de viagens pela venda de passagens a partir de 1º de janeiro. O
percentual pago aos agentes vai
passar de 10% do valor do bilhete para 7%, em vôos domésticos e 6%, nos internacionais.
De acordo com a Gol, a medida
é parte de plano de redução de
custos que prevê corte de 7%
nas despesas por quilômetro
em 2007.
Com a Reuters e a Folha Online
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