São Paulo, quarta-feira, 09 de janeiro de 2008

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Argentinos sofrem com falta de energia

RODRIGO RÖTZSCH
DE BUENOS AIRES

Como no último inverno, o mais frio em 45 anos, as altas temperaturas do verão também têm feito a crise energética rondar a Argentina. Com as eleições distantes, os grandes afetados desta vez têm sido os usuários residenciais, poupados em 2007.
Alguns bairros da capital e cidades da Grande Buenos Aires têm sofrido com a falta de luz. Na semana passada, moradores dos bairros de classe média de Flores e Caballito reviveram os tempos da crise de 2001 e saíram às ruas com panelas para protestar. Mesmo assim, a companhia elétrica Edesur, responsável pelo abastecimento da zona, disse que não podia garantir o fornecimento.
A situação não é pior porque, nessa época do ano, muitos dos habitantes de Buenos Aires deixam a cidade rumo a balneários como Mar del Plata ou a uruguaia Punta del Este. Os problemas podem se intensificar, porém, se as altas temperaturas se mantiverem a partir de fevereiro, quando começa a volta às aulas.
No fim de 2007, o governo acelerou a implantação de um horário de verão. Também tomou medidas como a promoção da substituição de lâmpadas de alto consumo por outras mais econômicas.
Amanhã, a presidente Cristina Fernández de Kirchner estará na cidade de Tigre, na Grande Buenos Aires, para a troca da iluminação pública.
Os problemas de energia, porém, não se resumem à eletricidade. Os postos de combustível no interior do país vinham se queixando de desabastecimento. Isso levou o governo a proibir anteontem a exportação de gasolina e diesel até que o mercado interno se normalize.
A medida é prejudicial às petroleiras, que terão que fornecer a gasolina a cerca de 2 pesos o litro (ou pouco mais de R$ 1,10).
A Petrobras, segunda maior empresa do setor no país, não quis comentar a medida.


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