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Argentinos sofrem com falta de energia
RODRIGO RÖTZSCH
DE BUENOS AIRES
Como no último inverno, o mais frio em 45 anos,
as altas temperaturas do
verão também têm feito a
crise energética rondar a
Argentina. Com as eleições distantes, os grandes
afetados desta vez têm sido os usuários residenciais, poupados em 2007.
Alguns bairros da capital e cidades da Grande
Buenos Aires têm sofrido
com a falta de luz. Na semana passada, moradores
dos bairros de classe média de Flores e Caballito
reviveram os tempos da
crise de 2001 e saíram às
ruas com panelas para
protestar. Mesmo assim, a
companhia elétrica Edesur, responsável pelo
abastecimento da zona,
disse que não podia garantir o fornecimento.
A situação não é pior
porque, nessa época do
ano, muitos dos habitantes de Buenos Aires deixam a cidade rumo a balneários como Mar del Plata ou a uruguaia Punta del
Este. Os problemas podem
se intensificar, porém, se
as altas temperaturas se
mantiverem a partir de fevereiro, quando começa a
volta às aulas.
No fim de 2007, o governo acelerou a implantação
de um horário de verão.
Também tomou medidas
como a promoção da substituição de lâmpadas de alto consumo por outras
mais econômicas.
Amanhã, a presidente
Cristina Fernández de
Kirchner estará na cidade
de Tigre, na Grande Buenos Aires, para a troca da
iluminação pública.
Os problemas de energia, porém, não se resumem à eletricidade. Os
postos de combustível no
interior do país vinham se
queixando de desabastecimento. Isso levou o governo a proibir anteontem a
exportação de gasolina e
diesel até que o mercado
interno se normalize.
A medida é prejudicial
às petroleiras, que terão
que fornecer a gasolina a
cerca de 2 pesos o litro (ou
pouco mais de R$ 1,10).
A Petrobras, segunda
maior empresa do setor no
país, não quis comentar a
medida.
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