|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Muda norma contra lavagem de dinheiro
DA SUCURSAL DO RIO
A CVM (Comissão de Valores
Mobiliários) alterou suas normas que coíbem crimes de lavagem de dinheiro, ocultação de
bens e financiamento ao terrorismo e que regulam operações
financeiras feitas por pessoas
que tenham exercido cargo público nos últimos cinco anos.
Segundo a CVM, as normas
visam "alinhar a regulamentação às recomendações internacionais sobre combate à lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e à supervisão de operações financeiras
realizadas por pessoas publicamente expostas [que tenham
ou exerceram cargo público]".
A autarquia publicou ontem
a instrução 463/08, que alterou
a de número 301/99. A norma
regulamenta os dispositivos da
Lei 9.613/98, que dispõe sobre
crimes de lavagem de dinheiro
ou ocultação de bens, direitos e
valores e tem como meta prevenir o uso do sistema financeiro para os ilícitos citados.
De acordo com a CVM, as
principais alterações da norma
"estão relacionadas a novas
obrigações a serem cumpridas
por pessoas jurídicas que tenham como atividade custódia,
emissão, distribuição, liquidação, negociação, intermediação
ou administração de valores
mobiliários." Ou seja, vão regular especialmente as atividades
de bancos, corretoras e administradoras de fundos.
A nova instrução também
deve ser cumprida por entidades que administram Bolsas de
Valores e o mercado de balcão.
As Bolsas terão, segundo a
CVM, de realizar um "acompanhamento mais cuidadoso de
pessoas politicamente expostas [homens públicos], ampliar
o rol de hipóteses de comunicação de "operações suspeitas" à
autarquia e estabelecer procedimentos cadastrais diferenciados para os chamados clientes de alto risco".
Nesse caso, são pessoas que
possam ser alvo de investigações ou com condenações por
crimes de lavagem de dinheiro.
A CVM informou que as Bolsas têm ainda de ampliar "procedimentos de controle interno e programas de treinamento
de funcionários", a fim de treiná-los sobre as novas exigências da instrução. As instituições têm 90 dias para se adaptar às novas regulamentações.
Texto Anterior: Argentinos sofrem com falta de energia Próximo Texto: Ouro atinge cotação mais alta desde 1980 Índice
|