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ACIDENTE DE TRABALHO
Alíquota maior ao INSS será repassada aos preços, diz CNI
EDUARDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em queda de braço com o
Ministério da Previdência
Social pela revisão nas novas
regras para o pagamento do
SAT (Seguro Acidente de
Trabalho), em vigor desde o
início deste ano, empresários já ameaçam repassar para os preços o impacto dos
custos adicionais com a folha
de pagamento.
"As indústrias voltadas especialmente para o mercado
interno, sem grande concorrência de importados, com
certeza vão repassar o custo
para o preço final das mercadorias", diz Emerson Casali,
gerente-executivo de Relações do Trabalho da CNI.
Segundo ele, no entanto, as
companhias que disputam o
mercado nacional com importações e as que exportam
seus produtos não terão essa
escolha, arcando com os custos para manter suas mercadorias competitivas.
Desde 1º deste mês está em
vigor o FAP (Fator Acidentário de Prevenção), que reduz
as alíquotas do SAT para as
empresas que invistam na
segurança dos trabalhadores
e reduzam o número e a gravidade dos acidentes. As com
piores resultados serão punidas com contribuição maior.
O problema, diz a CNI, é
que a mesma medida reorganizou a divisão dos setores da
economia dentro das alíquotas do seguro, que são de 1%,
2% e 3% sobre a folha de pagamento das empresas.
O imbróglio tende a se
agravar porque a CNI tem
orientado as empresas a
questionarem judicialmente
a medida, o que pode gerar
uma enxurrada de ações.
Apesar de a Previdência
garantir que o FAT será aplicado no próximo mês, sobre
a folha de janeiro, as empresas dizem contar com o apoio
de ministros da área econômica para convencer a Casa
Civil a revisar o decreto.
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