São Paulo, quinta-feira, 09 de fevereiro de 2006

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MERCADO ABERTO

Femsa demite 426 vendedores da Kaiser

A companhia de bebidas mexicana Femsa, que acaba de comprar a Kaiser, começou nesta semana a mexer na cervejaria. A empresa demitiu 426 funcionários da Kaiser ao unificar as áreas de distribuição da Coca-Cola e da cevejaria. A Femsa é a maior engarrafadora e distribuidora da Coca-Cola na América Latina.
O presidente da Coca-Cola Femsa, Ernesto Silva, explicou que o que se fez foi simplesmente uma volta ao modelo original de vendas, que predominou até 2003, quando a Kaiser tinha decidido criar sua força própria de vendas em São Paulo. "Foi uma experiência que não deu certo, e, por isso, decidimos voltar ao modelo anterior", afirma Silva.
Em todas as 19 franquias da Coca-Cola espalhadas pelo país, as unidades de distribuição e venda do refrigerante e da cerveja são unificadas. Só em São Paulo que existia essa divisão de forças. "A distribuição é uma variável importante. Não era possível ter duas forças de venda", diz.
O executivo da Femsa afirmou que a empresa procurou fazer os cortes com o menor trauma possível e com um pacote adicional de benefícios que oferecesse aos afastados a possibilidade de ingresso na Coca-Cola Femsa.
Em 16 de janeiro, a Femsa anunciou a compra de 68% do controle da Kaiser, antes em poder da canadense Molson, por US$ 68 milhões. A Molson ficou com 15% da cervejaria, e a holandesa Heineken, com 17%.
A Femsa, dona das marcas de cerveja Sol e Tecate, é um dos cinco maiores grupos industriais mexicanos e é ainda a maior fabricante da Coca-Cola da América Latina e a segunda do mundo. Para muitos, a compra da Kaiser pela Femsa foi vista como uma estratégia da empresa para se defender contra a entrada da AmBev no México.

ALTA VOLTAGEM
Dilma Rousseff (Casa Civil) convocou ontem, de última hora, uma reunião ministerial para hoje de manhã no Palácio do Planalto, para discutir a construção de duas hidrelétricas no rio Madeira. Trata-se da maior obra na área de energia do governo. O investimento está avaliado em R$ 20 bilhões, e o governo quer realizar a licitação para dar início ao projeto em maio. Entre outros, foram convocados Antonio Palocci, Paulo Bernardo, Marina Silva e Guido Mantega.

GLAMOUR NA PRAIA
As praias de Maresias, Camburi, Juqueí e Baleia, no litoral norte paulista, terão ambulantes mais "chiques" no próximo fim de semana. Eles venderão de óculos italianos a caviar russo e champanhe francês -a garrafa sairá por US$ 400. A venda inusitada será, na verdade, uma ação de marketing de guerrilha do canal Warner, desenvolvido pela agência Espalhe, para promover o seriado "The O.C.".

VOLTA AO EXTERIOR
Após finalizar um processo de reestruturação que incluiu a transferência de sua fábrica de Barueri (SP) para Manaus -com o dobro da capacidade-, em 2005, a fabricante de materiais de escritório e escolares Helios volta ao mercado externo. Ela participou em janeiro de uma das principais feiras do setor em Frankfurt, onde acertou novos representantes da marca nos mercados europeu e asiático -os destinos iniciais serão Alemanha, França, Portugal e Egito, entre outros. "A marca continua reconhecida no exterior. Fechamos contratos que devem render ao menos US$ 5 milhões em vendas", diz Arnaldo Bisoni, CEO da empresa. Grampos, cola, corretivo líqüido e cartuchos serão alguns dos produtos vendidos.

NOVA PASSARELA
A temporada de moda do primeiro semestre não acabou com a São Paulo Fashion Week. Em março, será realizada a terceira edição do Teen Fashion, voltado para o público adolescente, com marcas como Alexandre Herchcovitch Jeans e Puma. Diferentemente de outros eventos da área, "a idéia do Teen Fashion é vender o que está nas lojas", diz a organizadora Sara Kalili, que fechou patrocínio com empresas como o Boticário e uma marca de mp3. "O jovem é rápido e muda direto de opinião. Por isso, a coleção desfilada tem que já estar nas lojas", explica. Além dos desfiles, o Teen Fashion contará com um "lounge", onde serão apresentados shows de rock e serão dispostas atrações relacionadas aos patrocinadores. O Mube, em SP, sediará o evento, que teve cerca de R$ 1 milhão em investimentos e espera 10 mil pessoas de público.

ALÔ, ALÔ RESPONDE
Desde que a revista "Veja" divulgou o número, o celular do ministro das Cidades, Márcio Fortes, não pára de tocar. E ele não se incomodou. Fortes tem até aproveitado as ligações para vender o "seu peixe". Na terça-feira, por exemplo, explicou a uma mulher, que tinha ligado apenas para se certificar se o número era dele mesmo, o pacote da construção civil, que havia acabado de ser anunciado pelo governo. A propósito, o número do celular é (61) 9994-5527.


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