São Paulo, quinta-feira, 09 de março de 2006

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Título público traz retorno alto e risco baixo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Parte dos títulos públicos que estão hoje nas carteiras do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal foi emitida pelo governo em 2001, no socorro dado pelo Tesouro Nacional aos bancos federais.
Pela reestruturação, o Tesouro assumiu boa parte dos créditos podres que pertenciam aos dois bancos. A Caixa era a instituição que enfrentava as maiores dificuldades, devido a um elevado nível de inadimplência no financiamento habitacional.
Para financiar o rombo da Caixa, o Tesouro emitiu R$ 54,770 bilhões em títulos públicos. Em troca, o governo ficou com a carteira de crédito da instituição e passou a cobrar os mutuários em atraso. No BB, foram colocados R$ 13,150 bilhões em papéis.
Após mais de cinco anos, porém, esses bancos ainda mantêm elevadas aplicações em títulos públicos, devido à alta rentabilidade dos papéis. BB e Caixa tiveram lucros recordes em 2005 -R$ 4,154 bilhões e R$ 2,070 bilhões.
Mas mesmo bancos privados aplicam boa parte de seus recursos em papéis do governo. Em 2005, a Selic teve variação de 19%, uma aplicação de alta rentabilidade e baixo risco -o investidor só perde no caso de uma moratória do governo.


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