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RISCO NO AR
contra crise nos EUA", diz Bacha
Para economista, Brasil deve se precaver contra surpresa
"Superávit é seguro do Brasil
de Londres
Os riscos de uma crise nos Estados Unidos são reduzidos,
mas, de qualquer maneira, o
Brasil devia se precaver para
evitar ser pego de surpresa, diz o
economista Edmar Bacha, do
banco BBA, em Nova York.
"O Brasil devia contrair desde
já um seguro contra uma eventual crise nos EUA", diz Bacha.
"A melhor coisa que o país tem
a fazer é depender cada vez menos de capitais externos."
O seguro sugerido por Bacha
consiste em promover o crescimento econômico com base em
exportações, de modo que a balança comercial produza superávit e o país dependa de menos
divisas para fechar suas contas
externas.
Saída de dólares e inflação
Os efeitos de uma crise dos
EUA no Brasil poderiam ser
muito fortes. Se os investidores
estrangeiros entrassem em pânico e tirassem seu dinheiro do
país, a saída dos dólares geraria
forte desvalorização do real, o
que pressionaria a inflação.
O governo teria de subir os juros para conter a alta dos preços, com os efeitos colaterais conhecidos, como a inibição do
crescimento econômico e o desequilíbrio das contas públicas.
"Mas o mais provável é que os
EUA não entrem em crise. Acredito que a maior chance é que os
Estados Unidos continuem
crescendo, mas num ritmo mais
suave", diz Bacha.
Crescimento menor
Nas contas do economista
brasileiro, o atual ritmo da economia indica que os EUA devem crescer 4,5% em 2000. "Há
20% de chance de que a economia cresça mais rápido do que o
desejado e outros 20% de que
haja crise, mas o cenário mais
provável é uma redução gradual
da taxa de crescimento."
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