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Aneel critica
amortização
em só 5 anos
da Sucursal do Rio
O superintendente de Fiscalização Econômica e Financeira da
Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Romeu Donizetti
Rufino, criticou a amortização do
ágio de privatização das teles em
cinco anos.
A Aneel tem exigido que as
amortizações sejam feitas no prazo de validade da concessão, que,
no caso das empresas de energia
elétrica, é de 30 anos.
As empresas de telefonia fixa
(Telesp, Tele Norte Leste, Tele
Centro Sul e Embratel) foram privatizadas com 27 anos de concessão, mas vão amortizar o ágio pago nos leilões em apenas cinco
anos.
No caso das empresas de telefonia celular privatizadas, o contratos de concessão em vigor vencem entre 2005 a 2008 (dependendo da data em que a empresa
inaugurou o serviço na administração), mas as concessões são renováveis por períodos de 15 anos.
Quanto mais curto o prazo de
amortização, maior a vantagem
para o acionista controlador. Por
exemplo: a Telesp Participações
(Telefônica), que vai amortizar o
ágio em cinco anos, está deixando
de pagar cerca de R$ 20 milhões
em impostos por mês. Se a amortização estivesse sendo feita no
prazo da concessão (27 anos), a
redução mensal de imposto cairia
para cerca de R$ 4 milhões.
Romeu Rufino disse que a diferença de tratamento fiscal entre as
teles e as empresas de energia elétricas privatizadas ""enfraquece" a
posição da Aneel, que vem sendo
pressionada pelos empresários do
setor a encurtar o prazo de 30
anos para amortização estabelecido pela agência.
""Temos sido cobrados, mas não
vamos ceder às pressões", afirmou. Para ele, ""o país é prejudicado com a aceleração incorreta do
benefício fiscal, pois ela reduz a
arrecadação de impostos".
Romeu Rufino disse que, há
cerca de dois meses, propôs à
Anatel nivelar os procedimentos.
""Até agora, a Anatel não nos procurou para discutir o assunto",
afirmou.
Anatel
O vice-presidente da Anatel,
Luiz Francisco Perrone, disse que
os processos são autorizados pela
CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e não pela agência. No
caso das companhias de energia
elétrica, a autorização é feita pela
Aneel.
A CVM, por sua vez, diz que sua
preocupação, ao analisar os processos, é com os direitos dos minoritários.
""A CVM só regulamenta os procedimentos contábeis da amortização do ágio, para garantir que
os minoritários não sejam prejudicados pelo controlador", afirma
Vladmir Castelo Branco, diretor
da comissão.
(EL)
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