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São Paulo, quarta-feira, 09 de abril de 2003

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ECONOMIA BOMBARDEADA

Comissão Européia reduz previsão de crescimento para a região; guerra longa traria contração

Europa vai crescer menos e teme recessão

DA REDAÇÃO

A Comissão Européia, instância executiva da União Européia, reduziu a previsão de crescimento para os países do bloco econômico e disse que a zona do euro poderá entrar em recessão na hipótese de que uma demora no desfecho do conflito no Iraque mantenha o preço do petróleo em níveis elevados.
De acordo com a comissão, os 12 países que compõem a zona do euro deverão crescer 1% neste ano -abaixo, portanto, da estimativa de 1,8% feita no ano passado. Cerca de 100 mil empregos deverão ser perdidos na região, o que significaria a primeira queda no número de vagas desde 1994.
Mas, de acordo com a comissão, caso a guerra termine antes do início do verão no hemisfério Norte (meados de junho), haveria espaço para uma lenta recuperação no segundo semestre.
"Há um nível considerável de incertezas, e um desempenho mais negativo não pode ser descartado caso a guerra no Iraque dure mais que o previsto", diz o relatório da Comissão Européia. "As condições são frágeis, no mundo e na União Européia, o que deixa as economias mais sensíveis a choques."
Se as tensões geopolíticas não se resolverem rapidamente, um cenário recessivo seria uma real ameaça para os países que adotam o euro como moeda. Nesse cenário mais negativo, a região teria dois trimestres consecutivos de queda no PIB, e o crescimento no ano não ultrapassaria 0,2%.
A Alemanha, maior economia do continente, deverá crescer apenas 0,4% neste ano, bem abaixo da estimativa anterior, de 1,4%. A França deverá crescer 1,1% (e não 2%), e o Reino Unido, 2,2% em vez de 2,5%.
Segundo a comissão, os déficits públicos de França, Portugal e Alemanha deverão estourar o teto de 3% do PIB estabelecidos pela norma da união monetária.


Com agências internacionais


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