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ECONOMIA BOMBARDEADA
Comissão Européia reduz previsão de crescimento para a região; guerra longa traria contração
Europa vai crescer menos e teme recessão
DA REDAÇÃO
A Comissão Européia, instância
executiva da União Européia, reduziu a previsão de crescimento
para os países do bloco econômico e disse que a zona do euro poderá entrar em recessão na hipótese de que uma demora no desfecho do conflito no Iraque mantenha o preço do petróleo em níveis
elevados.
De acordo com a comissão, os
12 países que compõem a zona do
euro deverão crescer 1% neste ano
-abaixo, portanto, da estimativa
de 1,8% feita no ano passado. Cerca de 100 mil empregos deverão
ser perdidos na região, o que significaria a primeira queda no número de vagas desde 1994.
Mas, de acordo com a comissão,
caso a guerra termine antes do
início do verão no hemisfério
Norte (meados de junho), haveria
espaço para uma lenta recuperação no segundo semestre.
"Há um nível considerável de
incertezas, e um desempenho
mais negativo não pode ser descartado caso a guerra no Iraque
dure mais que o previsto", diz o
relatório da Comissão Européia.
"As condições são frágeis, no
mundo e na União Européia, o
que deixa as economias mais sensíveis a choques."
Se as tensões geopolíticas não se
resolverem rapidamente, um cenário recessivo seria uma real
ameaça para os países que adotam o euro como moeda. Nesse
cenário mais negativo, a região teria dois trimestres consecutivos
de queda no PIB, e o crescimento
no ano não ultrapassaria 0,2%.
A Alemanha, maior economia
do continente, deverá crescer apenas 0,4% neste ano, bem abaixo
da estimativa anterior, de 1,4%. A
França deverá crescer 1,1% (e não
2%), e o Reino Unido, 2,2% em
vez de 2,5%.
Segundo a comissão, os déficits
públicos de França, Portugal e
Alemanha deverão estourar o teto
de 3% do PIB estabelecidos pela
norma da união monetária.
Com agências internacionais
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