São Paulo, sexta-feira, 09 de abril de 2010

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iPhone poderá executar tarefas simultaneamente

Apple entra no mercado de publicidade em celular, aumentando disputa da empresa com o Google

DA ASSOCIATED PRESS

O iPhone e o iPad, da Apple, em breve terão a capacidade de executar mais de um programa ao mesmo tempo, recurso que celulares rivais já oferecem e que os proprietários de iPhones havia muito desejavam.
As mudanças -que chegarão na metade do ano para o iPhone e no final do ano para o iPad- significarão que os usuários poderão ouvir música pelo programa Pandora e ao mesmo tempo verificar a situação da conta bancária na internet, por exemplo. Hoje, os usuários precisam voltar à tela inicial da Apple, ou seja, fechar o programa que esteja em uso, antes de iniciar uma nova tarefa.
"Não fomos os primeiros a chegar à festa, mas seremos os melhores", disse Steve Jobs, presidente-executivo da Apple.
O iPhone já permite certa medida de uso múltiplo, mas o recurso se limita em larga escala a programas da própria Apple. A empresa não havia oferecido aos usuários até o momento uma forma de saltar de maneira contínua entre os diversos aplicativos de software disponíveis para suas máquinas e produzidos por companhias externas, como já é possível em celulares fornecidos por rivais como a Palm e o Google.
Ainda que a Apple esteja oferecendo atualizações para todos os modelos de iPhone, iPad e iPod Touch, o recurso de tarefas múltiplas só funcionará nas versões mais recentes dos aparelhos. O usuário não poderá utilizá-lo se tiver um iPhone ou iPhone 3G, e sim apenas com a versão iPhone 3GS, lançada na metade do ano passado. No caso do iPod Touch, serão necessários os modelos lançados no final do ano passado.
Entre os recursos que também estarão disponíveis para modelos mais velhos, está a capacidade de encaminhar e-mails de contas múltiplas para uma única caixa de entrada.
Jobs também anunciou uma plataforma chamada iAd, por meio da qual a Apple venderá anúncios que serão exibidos em aplicativos oferecidos por programadores externos.
Com isso, a empresa amplia a sua disputa com o Google, agora ingressando no setor de receita publicitária em aparelhos celulares. Para Jobs, as propagandas baseadas nas buscas utilizadas pelo Google não são o futuro para o celular porque os usuários desses aparelhos tendem a gastar mais tempo usando aplicativos internos do que navegando pela internet.
As tensões entre as duas empresas têm crescido desde que o Google entrou no mercado de celular, ao desenvolver o sistema operacional Android, utilizado por várias fabricantes.


Com o "Financial Times"

Tradução de PAULO MIGLIACCI


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