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iPhone poderá executar tarefas simultaneamente
Apple entra no mercado de publicidade em celular,
aumentando disputa da empresa com o Google
DA ASSOCIATED PRESS
O iPhone e o iPad, da Apple,
em breve terão a capacidade de
executar mais de um programa
ao mesmo tempo, recurso que
celulares rivais já oferecem e
que os proprietários de iPhones havia muito desejavam.
As mudanças -que chegarão
na metade do ano para o iPhone e no final do ano para o
iPad- significarão que os usuários poderão ouvir música pelo
programa Pandora e ao mesmo
tempo verificar a situação da
conta bancária na internet, por
exemplo. Hoje, os usuários precisam voltar à tela inicial da Apple, ou seja, fechar o programa
que esteja em uso, antes de iniciar uma nova tarefa.
"Não fomos os primeiros a
chegar à festa, mas seremos os
melhores", disse Steve Jobs,
presidente-executivo da Apple.
O iPhone já permite certa
medida de uso múltiplo, mas o
recurso se limita em larga escala a programas da própria Apple. A empresa não havia oferecido aos usuários até o momento uma forma de saltar de maneira contínua entre os diversos aplicativos de software disponíveis para suas máquinas e
produzidos por companhias
externas, como já é possível em
celulares fornecidos por rivais
como a Palm e o Google.
Ainda que a Apple esteja oferecendo atualizações para todos os modelos de iPhone, iPad
e iPod Touch, o recurso de tarefas múltiplas só funcionará nas
versões mais recentes dos aparelhos. O usuário não poderá
utilizá-lo se tiver um iPhone ou
iPhone 3G, e sim apenas com a
versão iPhone 3GS, lançada na
metade do ano passado. No caso do iPod Touch, serão necessários os modelos lançados no
final do ano passado.
Entre os recursos que também estarão disponíveis para
modelos mais velhos, está a capacidade de encaminhar e-mails de contas múltiplas para
uma única caixa de entrada.
Jobs também anunciou uma
plataforma chamada iAd, por
meio da qual a Apple venderá
anúncios que serão exibidos
em aplicativos oferecidos por
programadores externos.
Com isso, a empresa amplia a
sua disputa com o Google, agora ingressando no setor de receita publicitária em aparelhos
celulares. Para Jobs, as propagandas baseadas nas buscas
utilizadas pelo Google não são o
futuro para o celular porque os
usuários desses aparelhos tendem a gastar mais tempo usando aplicativos internos do que
navegando pela internet.
As tensões entre as duas empresas têm crescido desde que
o Google entrou no mercado de
celular, ao desenvolver o sistema operacional Android, utilizado por várias fabricantes.
Com o "Financial Times"
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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