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Vendas do varejo nos EUA trazem ânimo, e Bolsa sobe 1,4%
Ações têm maior nível em 22
meses; Grécia faz Europa cair
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado acionário brasileiro não foi influenciado pelo
clima negativo que marcou as
operações ontem na Europa.
Com isso, a Bolsa de Valores de
São Paulo subiu 1,40% e atingiu
nova máxima em 22 meses. Os
71.784 pontos registrados ontem não eram atingidos desde o
começo de junho de 2008.
A divulgação de dados que
mostraram aumento acima do
esperado nas vendas do setor
varejista em março nos EUA,
com expansão de 9,1%, deu fôlego ao mercado americano.
O índice que mede o desempenho das ações americanas do
segmento de varejo terminou
com alta de 1,3%. Um dos destaques foi o papel da Amazon, que
saltou 4,5%. A Bolsa eletrônica
Nasdaq se apreciou em 0,23%,
e o Dow Jones subiu 0,27%.
Enquanto isso, a Europa voltava a se abalar com preocupações em relação à Grécia.
Diante das incertezas que
ainda rondam o futuro da economia do país, os investidores
se desfizeram de forma intensa
de ativos gregos. As ações dos
maiores bancos gregos desabaram, chegando a recuar 6%. Os
juros dos títulos da dívida do
país dispararam, o que sinaliza
a percepção de que aumentaram os riscos de insolvência.
As perdas da Bolsa de Atenas
alcançaram 3,1%. Londres fechou com baixa de 0,86%.
No fim do dia, a notícia de
que representantes da zona do
euro iriam se reunir para debater detalhes de um empréstimo
destinado a socorrer a Grécia
aliviou um pouco as tensões.
O câmbio refletiu o clima negativo no início do dia. Na máxima, o dólar bateu em R$ 1,791.
Mas o rumo se alterou durante
as operações, e a moeda americana encerrou cotada a R$
1,777, em leve baixa de 0,06%.
Ontem os estrangeiros retomaram as compras de ações
brasileiras, o que tende a fortalecer ainda mais o real. Até o último dia 5, o saldo das operações externas na Bolsa estava
positivo em R$ 785,2 milhões.
Entre os papéis mais negociados na BM&FBovespa, destaque para a valorização de
3,57% dos papéis PN do Itaú.
Nem a divulgação do IPCA de
março, que ficou acima das projeções, esfriou os negócios na
Bolsa. No segmento de juros futuros, os contratos DI tiveram
pequenas altas, em resposta ao
fortalecimento da inflação.
No contrato que vence no fim
do ano, a taxa projetada foi de
10,43% para 10,46%.
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