São Paulo, sexta-feira, 09 de abril de 2010

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Vendas do varejo nos EUA trazem ânimo, e Bolsa sobe 1,4%

Ações têm maior nível em 22 meses; Grécia faz Europa cair

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado acionário brasileiro não foi influenciado pelo clima negativo que marcou as operações ontem na Europa. Com isso, a Bolsa de Valores de São Paulo subiu 1,40% e atingiu nova máxima em 22 meses. Os 71.784 pontos registrados ontem não eram atingidos desde o começo de junho de 2008.
A divulgação de dados que mostraram aumento acima do esperado nas vendas do setor varejista em março nos EUA, com expansão de 9,1%, deu fôlego ao mercado americano.
O índice que mede o desempenho das ações americanas do segmento de varejo terminou com alta de 1,3%. Um dos destaques foi o papel da Amazon, que saltou 4,5%. A Bolsa eletrônica Nasdaq se apreciou em 0,23%, e o Dow Jones subiu 0,27%.
Enquanto isso, a Europa voltava a se abalar com preocupações em relação à Grécia.
Diante das incertezas que ainda rondam o futuro da economia do país, os investidores se desfizeram de forma intensa de ativos gregos. As ações dos maiores bancos gregos desabaram, chegando a recuar 6%. Os juros dos títulos da dívida do país dispararam, o que sinaliza a percepção de que aumentaram os riscos de insolvência.
As perdas da Bolsa de Atenas alcançaram 3,1%. Londres fechou com baixa de 0,86%.
No fim do dia, a notícia de que representantes da zona do euro iriam se reunir para debater detalhes de um empréstimo destinado a socorrer a Grécia aliviou um pouco as tensões.
O câmbio refletiu o clima negativo no início do dia. Na máxima, o dólar bateu em R$ 1,791. Mas o rumo se alterou durante as operações, e a moeda americana encerrou cotada a R$ 1,777, em leve baixa de 0,06%.
Ontem os estrangeiros retomaram as compras de ações brasileiras, o que tende a fortalecer ainda mais o real. Até o último dia 5, o saldo das operações externas na Bolsa estava positivo em R$ 785,2 milhões.
Entre os papéis mais negociados na BM&FBovespa, destaque para a valorização de 3,57% dos papéis PN do Itaú.
Nem a divulgação do IPCA de março, que ficou acima das projeções, esfriou os negócios na Bolsa. No segmento de juros futuros, os contratos DI tiveram pequenas altas, em resposta ao fortalecimento da inflação.
No contrato que vence no fim do ano, a taxa projetada foi de 10,43% para 10,46%.


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