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MERCADO ANIMADO
Valor bate novo recorde; dólar cai 1,12% e fecha a R$ 2,91
C-Bond atinge patamar de US$ 0,90
GEORGIA CARAPETKOV
DA REPORTAGEM LOCAL
O otimismo dos investidores
com o Brasil prosseguiu ontem, e
o C-Bond, título da dívida externa
brasileira, subiu 0,48% e fechou
cotado a US$ 0,9031, seu maior
valor histórico. Desde o início do
ano, o C-Bond se valorizou em
34%. A alta dos títulos brasileiros
fez o risco-país cair mais 2,7% e
fechar aos 753 pontos, o menor
valor desde 22 de abril de 2002.
No mercado de câmbio, o fluxo
positivo de recursos fez o dólar
cair 1,12% e fechar a R$ 2,912.
Para os analistas, a alta dos papéis brasileiros demonstra a retomada da confiança no país. Entretanto, eles acreditam que, se as reformas atrasarem, os títulos tendem a voltar ao mesmo patamar
do início de 2002. No caso do C-Bond, esse valor seria de US$ 0,75.
No curto prazo, os investidores
crêem que a cotação possa cair,
devido à realização de lucros, mas
a expectativa predominante é que
ele se sustente acima de US$ 0,85.
Além da melhora da confiança
no país, os analistas relembram
que o Brasil se beneficiou de um
ciclo positivo de recursos para
países emergentes.
"O excesso de liquidez no mercado internacional, com os juros
dos EUA em 1,25% ao ano, faz
com que o dinheiro seja "barato" e
o direciona para países emergentes como o Brasil", afirmou Ofir
Elias Filho, diretor da área internacional da corretora Liquidez.
Intervenção
A crença de que o BC não fará
por enquanto nenhuma intervenção no mercado cambial garantiu
mais um dia de valorização do
real. Desde anteontem, quando o
BC renovou cerca de 51% de uma
dívida cambial de US$ 1,8 bilhão
que vence na próxima semana, a
cotação do dólar passou a cair.
Segundo analistas, afastado o
temor de intervenção, o mercado
voltou a oscilar influenciado pelo
fluxo de recursos, que tem sido
positivo nas últimas semanas.
Rumores de novas emissões de
títulos no exterior, de empresas
como Petrobras, Sabesp e Vale,
colaboram para que os investidores projetem a continuidade da
entrada de dólares e influenciem
na queda do dólar.
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