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São Paulo, sexta-feira, 09 de maio de 2003

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MERCADO ANIMADO

Valor bate novo recorde; dólar cai 1,12% e fecha a R$ 2,91

C-Bond atinge patamar de US$ 0,90

GEORGIA CARAPETKOV
DA REPORTAGEM LOCAL

O otimismo dos investidores com o Brasil prosseguiu ontem, e o C-Bond, título da dívida externa brasileira, subiu 0,48% e fechou cotado a US$ 0,9031, seu maior valor histórico. Desde o início do ano, o C-Bond se valorizou em 34%. A alta dos títulos brasileiros fez o risco-país cair mais 2,7% e fechar aos 753 pontos, o menor valor desde 22 de abril de 2002.
No mercado de câmbio, o fluxo positivo de recursos fez o dólar cair 1,12% e fechar a R$ 2,912.
Para os analistas, a alta dos papéis brasileiros demonstra a retomada da confiança no país. Entretanto, eles acreditam que, se as reformas atrasarem, os títulos tendem a voltar ao mesmo patamar do início de 2002. No caso do C-Bond, esse valor seria de US$ 0,75.
No curto prazo, os investidores crêem que a cotação possa cair, devido à realização de lucros, mas a expectativa predominante é que ele se sustente acima de US$ 0,85.
Além da melhora da confiança no país, os analistas relembram que o Brasil se beneficiou de um ciclo positivo de recursos para países emergentes.
"O excesso de liquidez no mercado internacional, com os juros dos EUA em 1,25% ao ano, faz com que o dinheiro seja "barato" e o direciona para países emergentes como o Brasil", afirmou Ofir Elias Filho, diretor da área internacional da corretora Liquidez.

Intervenção
A crença de que o BC não fará por enquanto nenhuma intervenção no mercado cambial garantiu mais um dia de valorização do real. Desde anteontem, quando o BC renovou cerca de 51% de uma dívida cambial de US$ 1,8 bilhão que vence na próxima semana, a cotação do dólar passou a cair.
Segundo analistas, afastado o temor de intervenção, o mercado voltou a oscilar influenciado pelo fluxo de recursos, que tem sido positivo nas últimas semanas.
Rumores de novas emissões de títulos no exterior, de empresas como Petrobras, Sabesp e Vale, colaboram para que os investidores projetem a continuidade da entrada de dólares e influenciem na queda do dólar.


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