São Paulo, sábado, 09 de maio de 2009

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Venda de veículos na China bate recorde

No cenário global, as perdas continuam; a Toyota registrou prejuízo de US$ 7,7 bi, o maior desde 1937

DA REDAÇÃO

As vendas de veículos na China alcançaram nível recorde em abril, com 1,15 milhão de unidades, volume 25% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado.
De acordo com dados da associação das montadoras local, o mercado de automóveis cresceu 37% no mês passado, o que levou a China a ultrapassar os Estados Unidos em termos de vendas. Foram 820 mil automóveis vendidos.
Depois do declínio em 2008 por conta da crise econômica global, o setor automotivo na China já registra expansão de cinco meses consecutivos, estimulada pelos cortes nos impostos e outras medidas para incrementar as vendas, especialmente de carros com motorização até 1.600 cilindradas, segundo relatório do setor.
A China já havia ultrapassado o Japão como o segundo maior mercado automotivo em 2006. Com 1,3 bilhão de habitantes, o país caminha também para ficar à frente dos EUA, tendência reforçada pela recessão naquele país. Mas a liderança não deve vir neste ano.
"Em dois anos, o mercado americano deve estar de volta aos 15 milhões de unidades, e a China continuará o segundo maior mercado", disse Yale Zhang, analista da CSM, consultoria especializada no setor automotivo.
No cenário global, porém, as grandes montadoras continuam a sofrer com a crise. A japonesa Toyota, líder mundial em vendas, registrou no primeiro trimestre US$ 7,7 bilhões em perdas. Trata-se do maior prejuízo de sua história, pior ainda do que o observado pela GM no período (US$ 6 bilhões). O resultado deve-se à queda na demanda especialmente nos EUA e Europa.

GM e Chrysler
A General Motors pretende deslocar parte de sua produção nos Estados Unidos para a China, a Coreia do Sul e o México, segundo o jornal "Washington Post", em uma decisão que pode provocar polêmica no país, uma vez que a montadora já recebeu US$ 15 bilhões do governo norte-americano.
Já a Chrysler, que está em concordata, teve ontem o caminho aberto para a fusão com a Fiat, depois que os credores que se opunham ao acordo retiraram ação na Justiça.


Com agências internacionais


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