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ARENA DO MARKETING
Paulo Salles, presidente da Salles/DMB&B, afirma que globalização exige rapidez das empresas
Sobrevivência depende de adaptação
da Reportagem Local
Alguém, algum dia, deve
ter imaginado
ser impossível
viver sem uma
calça Lee e um
Cadillac.
A roda do
mundo girou, o jeans e o glamour
da indústria automobilística sobreviveram, mas Lee e Cadillac são
marcas do passado.
Por que isso aconteceu? Para o
presidente da Salles/DMB&B, Paulo Salles, faltou "senso de urgência" aos executivos responsáveis
por esses produtos.
O "senso de urgência" seria, segundo o publicitário, a capacidade
de reação às mudanças, "a percepção de que a imagem de uma
marca é construída na batalha do
dia-a-dia."
No centro do último "Arena do
Marketing", evento quinzenal
promovido pela Folha, Salles defendeu a idéia de que, em um
mundo globalizado, é essa capacidade de reação às mudanças constantes que fará a diferença entre
"Mercedes" e "Cadillacs".
"As pessoas recebem milhares
de mensagens por dia. Crenças
mudam a toda hora. A percepção
que as pessoas têm das marcas
muda no mesmo ritmo", afirma o
publicitário.
"Se você não tiver a perspectiva
de manter a marca presente na cabeça do consumidor, de forma clara e consistente, você perde."
Disputa global
Os números, segundo Salles, reforçam essa tese. Pesquisas mostram que uma pessoa é bombardeada por 3.000 mensagens comerciais todos os dias.
De acordo com o publicitário,
cerca de 16 mil marcas têm uma
imagem sólida em, no mínimo,
três continentes e disputam a memória e a carteira do consumidor
com milhares de produtos locais.
Essas marcas globais, considera,
estão provocando nos últimos
anos um rearranjo das economias
locais, aumentando a concorrência e alterando hábitos e padrões
de consumo.
É justamente essa competitividade global, considera, que está obrigando as empresas a aprimorar
um pré-requisito do sucesso: a capacidade de se adaptar às transformações.
"As fronteiras estão acabando
não porque os governo querem,
não porque a estrutura quer. Elas
estão se desfazendo porque a tecnologia anda mais rápido que a capacidade das pessoas decidirem",
analisa o publicitário.
"No marketing de hoje não há
mais verdades absolutas, não há
monstros sagrados. Você é bom na
medida em que consegue perceber
as mudanças e se adaptar a elas",
conclui.
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