São Paulo, segunda-feira, 09 de junho de 2008

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Mercado Aberto

guilherme.barros@uol.com.br

Treinamento individual de executivo eleva produtividade

O treinamento individualizado de executivos melhora em 90% dos casos a produtividade do profissional. O treino também ajuda a diminuir problemas como ansiedade e dificuldade de relação com a equipe.
As conclusões são da psicóloga Sueli Milaré, professora da PUC Campinas e diretora da consultoria Korum, que estudou os efeitos do "coaching" [treinamento, em inglês].
Segundo a pesquisa, 70% das companhias que empregam os profissionais que fizeram o treinamento disseram que eles melhoraram a relação com os colegas e 80% afirmam que ficaram mais abertos para mudanças organizacionais.
O estudo também mostra que metade dos executivos conseguiu melhorar o controle emocional e amenizar problemas como ansiedade e baixa capacidade de liderança.
A pesquisadora acompanhou o desenvolvimento de dez executivos. Seis são de multinacionais de grande porte, dois são de companhias nacionais de grande porte e dois, de empresas públicas de médio porte.
Sueli afirma que as empresas geralmente oferecem o treinamento a executivos de alto escalão que obtêm bons resultados técnicos, mas não necessariamente lidam bem com a equipe. "Mais da metade dos profissionais que acompanhei no estudo tinha problemas de relacionamento com o chefe ou com os subordinados", diz.
A pesquisadora, que também atende executivos na consultoria Korum, prepara gerentes, diretores, vice-presidentes e presidentes de organizações.
Para a pesquisadora, o serviço melhora o desempenho dos profissionais porque eles têm a oportunidade de discutir suas atividades de forma livre e neutra. "Percebo que presidentes de empresas sentem solidão porque não têm ninguém com quem discutir os problemas. Ao fazer o "coaching", sentem-se mais à vontade porque podem conversar com alguém de fora, que não fará juízo de valor."
De acordo com a psicóloga, um treinamento de executivos que dura 20 horas custa, em média, o valor de um salário do profissional que será treinado.

EMBRULHADO

A Videolar, empresa que atua nos segmentos de CDs e DVDs para gravação, resinas plásticas e comércio eletrônico, vai construir uma nova fábrica no pólo industrial de Manaus. Com investimentos de US$ 100 milhões na unidade, a empresa passará a produzir o BOPP (Polipropileno Biorientado), que é um tipo de plástico usado para envolver as embalagens de CDs e DVDs ou de alimentos. De acordo com Phillip Wojdyslawski, presidente da Videolar, o material será utilizado "não só para a demanda própria, mas também para atender o mercado de embalagens flexíveis". A empresa registrou, no ano passado, um faturamento da ordem de R$ 1,2 bilhão.

AJUDA:
BRASIL E REINO UNIDO ANUNCIAM INCENTIVO PARA EMPRESAS BRASILEIRAS
Michael Charlton, presidente da Think London (que promove investimentos em Londres), vem ao país na próxima semana oferecer serviços gratuitos para empresas brasileiras interessadas em se estabelecer na cidade e falar sobre negócios criados pelas Olimpíadas 2012. A visita é parte do acordo de cooperação entre Brasil e Reino Unido no setor de saúde, anunciado hoje. Também haverá missão de estudiosos brasileiros de células-tronco ao país.

NO BOLSO
Na quarta, a administradora Ancar assume a gestão do Center Vale Shopping, em São José dos Campos. É o terceiro shopping administrado pela empresa em São Paulo em um ano. Em outubro, inaugura o Porto Velho Shopping, primeiro shopping de Rondônia.

AO PÉ DO OUVIDO
Robson Braga de Andrade, presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais, pediu a Antônio Palocci e Sandro Mabel, presidente e relator da Comissão da Reforma Tributária, que incluíssem proposta para que as etiquetas informem ao consumidor o valor das taxas pagas pelo produto.

CONSELHO
O IBGC (instituto de governança corporativa) lança, na quinta, seu 5º Caderno de Governança Corporativa, "Regimento Interno de Conselho de Administração". Desenvolvido pelo comitê jurídico do IBGC, o trabalho quer oferecer às companhias uma referência de regimento interno para disciplinar os conselhos de administração. Entre os temas estão as normas de funcionamento do conselho.

CAIXA
A Medial Saúde tem R$ 250 milhões em caixa para fazer aquisições. Na mira da empresa, estão hospitais, operadoras de saúde e centros diagnósticos.

Crescem dívidas de empresas no mundo

A inadimplência mundial das empresas passou de 1,5% para 2,25% de janeiro a abril deste ano ante o mesmo período de 2007, segundo cálculo da seguradora de crédito Coface baseado em dados de 55 milhões de empresas monitoradas pela empresa.
No Brasil, porém, a Coface não acredita em avanço dos índices de não-pagamento das empresas nos próximos seis meses. "O mercado de crédito está líquido e as empresas têm baixo risco de refinanciar dívidas", diz Fernando Blanco, presidente da unidade brasileira da Coface.
A seguradora rebaixou a classificação de risco de setores como os de componentes eletrônicos, têxtil, automotivo, construção e transporte aéreo nos EUA. Para a Coface, a crise do crédito norte-americano chegou à economia real com a dificuldade de obter crédito nos bancos e com a retração do consumo.
A Coface faz o seguro das dívidas que as empresas têm com outras organizações. O estoque mundial de recebíveis [pagamentos a receber de clientes a partir de venda a prazo] segurados pela Coface é de 500 bilhões.

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