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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Treinamento individual de executivo eleva produtividade
O treinamento individualizado de executivos melhora em
90% dos casos a produtividade
do profissional. O treino também ajuda a diminuir problemas como ansiedade e dificuldade de relação com a equipe.
As conclusões são da psicóloga Sueli Milaré, professora da
PUC Campinas e diretora da
consultoria Korum, que estudou os efeitos do "coaching"
[treinamento, em inglês].
Segundo a pesquisa, 70% das
companhias que empregam os
profissionais que fizeram o
treinamento disseram que eles
melhoraram a relação com os
colegas e 80% afirmam que ficaram mais abertos para mudanças organizacionais.
O estudo também mostra
que metade dos executivos
conseguiu melhorar o controle
emocional e amenizar problemas como ansiedade e baixa capacidade de liderança.
A pesquisadora acompanhou
o desenvolvimento de dez executivos. Seis são de multinacionais de grande porte, dois são
de companhias nacionais de
grande porte e dois, de empresas públicas de médio porte.
Sueli afirma que as empresas
geralmente oferecem o treinamento a executivos de alto escalão que obtêm bons resultados técnicos, mas não necessariamente lidam bem com a
equipe. "Mais da metade dos
profissionais que acompanhei
no estudo tinha problemas de
relacionamento com o chefe ou
com os subordinados", diz.
A pesquisadora, que também
atende executivos na consultoria Korum, prepara gerentes,
diretores, vice-presidentes e
presidentes de organizações.
Para a pesquisadora, o serviço melhora o desempenho dos
profissionais porque eles têm a
oportunidade de discutir suas
atividades de forma livre e neutra. "Percebo que presidentes
de empresas sentem solidão
porque não têm ninguém com
quem discutir os problemas. Ao
fazer o "coaching", sentem-se
mais à vontade porque podem
conversar com alguém de fora,
que não fará juízo de valor."
De acordo com a psicóloga,
um treinamento de executivos
que dura 20 horas custa, em
média, o valor de um salário do
profissional que será treinado.
EMBRULHADO
A Videolar, empresa que atua nos segmentos de CDs e
DVDs para gravação, resinas plásticas e comércio eletrônico,
vai construir uma nova fábrica no pólo industrial de Manaus. Com investimentos de US$ 100 milhões na unidade, a
empresa passará a produzir o BOPP (Polipropileno Biorientado), que é um tipo de plástico usado para envolver as embalagens de CDs e DVDs ou de alimentos. De acordo com
Phillip Wojdyslawski, presidente da Videolar, o material será utilizado "não só para a demanda própria, mas também para atender o mercado de embalagens flexíveis". A empresa
registrou, no ano passado, um faturamento da ordem de R$
1,2 bilhão.
AJUDA: BRASIL E REINO UNIDO ANUNCIAM INCENTIVO PARA EMPRESAS BRASILEIRAS
Michael Charlton, presidente da Think London (que promove investimentos em Londres), vem ao país na próxima semana oferecer serviços gratuitos para empresas brasileiras interessadas em se estabelecer na cidade e falar sobre negócios criados pelas Olimpíadas 2012. A visita é parte do
acordo de cooperação entre Brasil e Reino Unido no setor de
saúde, anunciado hoje. Também haverá missão de estudiosos brasileiros de células-tronco ao país.
NO BOLSO
Na quarta, a administradora Ancar assume a gestão
do Center Vale Shopping,
em São José dos Campos. É
o terceiro shopping administrado pela empresa em
São Paulo em um ano. Em
outubro, inaugura o Porto
Velho Shopping, primeiro
shopping de Rondônia.
AO PÉ DO OUVIDO
Robson Braga de Andrade,
presidente da Federação das
Indústrias de Minas Gerais,
pediu a Antônio Palocci e
Sandro Mabel, presidente e
relator da Comissão da Reforma Tributária, que incluíssem proposta para que
as etiquetas informem ao
consumidor o valor das taxas pagas pelo produto.
CONSELHO
O IBGC (instituto de governança corporativa) lança,
na quinta, seu 5º Caderno de Governança Corporativa,
"Regimento Interno de Conselho de Administração". Desenvolvido pelo comitê jurídico do IBGC, o trabalho quer oferecer às companhias uma referência de regimento interno para disciplinar os conselhos de administração. Entre os temas estão as normas de funcionamento do conselho.
CAIXA
A Medial Saúde tem R$
250 milhões em caixa para
fazer aquisições. Na mira da
empresa, estão hospitais,
operadoras de saúde e centros diagnósticos.
Crescem dívidas de empresas no mundo
A inadimplência mundial
das empresas passou de 1,5%
para 2,25% de janeiro a abril
deste ano ante o mesmo período de 2007, segundo cálculo da seguradora de crédito Coface baseado em dados
de 55 milhões de empresas
monitoradas pela empresa.
No Brasil, porém, a Coface
não acredita em avanço dos
índices de não-pagamento
das empresas nos próximos
seis meses. "O mercado de
crédito está líquido e as empresas têm baixo risco de refinanciar dívidas", diz Fernando Blanco, presidente da
unidade brasileira da Coface.
A seguradora rebaixou a
classificação de risco de setores como os de componentes
eletrônicos, têxtil, automotivo, construção e transporte
aéreo nos EUA. Para a Coface, a crise do crédito norte-americano chegou à economia real com a dificuldade de
obter crédito nos bancos e
com a retração do consumo.
A Coface faz o seguro das
dívidas que as empresas têm
com outras organizações. O
estoque mundial de recebíveis [pagamentos a receber
de clientes a partir de venda
a prazo] segurados pela Coface é de 500 bilhões.
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