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Governistas tentam adiar audiência no Senado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Determinados a evitar o depoimento da ministra Dilma
Rousseff (Casa Civil) na Comissão de Infra-Estrutura do Senado, governistas vão se empenhar para estender as audiências com os 11 depoentes pelo
máximo de tempo possível -no
mínimo, duas semanas.
Já a oposição quer encaminhar as denúncias para o Ministério Público Federal, que
investiga as acusações, e promete transformar o tema em
pauta única nesta semana.
DEM e PSDB insistem ainda
em pressionar para a ministra
depor à comissão. Como recurso utilizarão o requerimento, já
aprovado, no qual Dilma deve
prestar esclarecimentos sobre
a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte (PA).
"A ministra não tem mais como esperar. A situação é gravíssima e o cerco está se fechando", disse o vice-líder do DEM
no Senado, Heráclito Fortes
(PI). O senador Álvaro Dias
(PSDB-PR) também defende a
presença de Dilma no Senado.
"A ministra tem o dever de
prestar esclarecimentos."
Já os governistas afirmam
que a oposição quer politizar
um assunto que é técnico. "Não
faz sentido querer convocar a
ministra toda vez que surge algo. Se depois de todos os depoimentos os esclarecimentos não
forem suficientes, a ministra
pode comparecer", afirmou o
vice-líder do governo no Senado, Renato Casagrande (PSB-ES). "Não há razão, por enquanto, para a ministra Dilma
ir ao Senado", disse o líder do
PMDB, Valdir Raupp (RO).
Depois de amanhã estão
marcados os depoimentos de
Denise Abreu, ex-diretora da
Anac; Milton Zuanazzi, ex-presidente da Anac; João Ilídio de
Lima Filho, ex-procurador-geral da Anac; Luiz Roberto
Ayoub, juiz da 1ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro; Manoel Felipe Brandão, ex-procurador-geral da Fazenda; Leur Lomanto e Jorge Velozo, ex-diretores da Anac.
(RENATA GIRALDI E MARIA CLARA CABRAL)
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