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Governo chinês aumenta ajuda ao setor exportador
País eleva
restituição
tributária para
mais de 2.600
itens, como aço e
sapatos
Medidas protecionistas
adotadas em resposta à alta
do desemprego no mundo
tendem a agravar a crise,
alerta o Banco Mundial
DA REDAÇÃO
Para estimular as exportações, fortemente afetadas pela
crise global, o governo chinês
anunciou ontem uma elevação
na restituição tributária para
uma série de produtos, como
brinquedos e aço.
Foi a sétima vez desde agosto
do ano passado que o governo
comunista aumenta a restituição de parte do IVA (Imposto
sobre Valor Agregado) para
permitir que o setor exportador consiga diminuir seus preços e, consequentemente, aumentar a sua competitividade.
Pelo esquema, as empresas
recebem de volta do governo
-de maneira integral ou parcial- o IVA de itens usados na
produção de bens exportados.
A medida afeta, segundo a
imprensa estatal, mais de 2.600
itens, como produtos agrícolas,
máquinas, sapatos, chapéus e
brinquedos, e é retroativa a 1º
de junho. No caso do aço, a restituição chega a 9% -o governo
não divulgou qual era o nível
anterior da ajuda.
"As exportações chinesas
ainda enfrentam dificuldades
no curto prazo. A restituição
tributária ajudará os exportadores a reduzirem custos e impulsionarem as vendas", disse
uma autoridade do Ministério
das Finanças à agência Xinhua.
No mês passado, Pequim já
havia avisado que aumentaria a
ajuda para o setor exportador,
que emprega muitos funcionários, para tentar diminuir o impacto na queda das vendas para
o exterior, que é, neste momento, o maior desafio para a terceira maior economia mundial.
Em abril, as exportações chinesas recuaram 22,6%, o sexto
mês consecutivo de queda. O
resultado é reflexo da crise, que
diminuiu a demanda em todo o
mundo, com empresas e consumidores cortando gastos. No
cenário interno, a diminuição
das vendas para o exterior fez
com que milhões de trabalhadores chineses perdessem os
seus empregos.
Banco Mundial
A decisão chinesa ocorreu no
mesmo dia em que o presidente
do Banco Mundial, o americano Robert Zoellick, voltou a fazer um forte ataque a medidas
protecionistas adotadas por diversos países durante o atual
momento de crise. Para ele, o
protecionismo ameaça desfazer os sinais de recuperação da
economia global.
"Neste momento existe um
febre baixa, ainda não é uma
gripe, mas precisamos ficar
atentos porque, na medida em
que os números do desemprego
sobem, os políticos estão sob
pressão e alguns deles podem
se voltar para o protecionismo", disse o dirigente.
Em março, o Banco Mundial
afirmou que 17 dos membros
do G20 (grupo que reúne economias desenvolvidas e emergentes), entre eles o Brasil, passaram, desde novembro do ano
passado, a adotar medidas protecionistas.
Com agências internacionais
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