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Metalúrgico vai parar
fábrica de linha branca
DA REPORTAGEM LOCAL
Os metalúrgicos de São Paulo
vão fazer paralisações parciais na
próxima segunda-feira em empresas que fabricam eletrodomésticos -BSH Continental, Multibrás e CCE. O protesto será contra
a ameaça de demissão provocada
pelas restrições à importação de
produtos brasileiros impostas pela Argentina e tem como objetivo
pressionar o governo a encontrar
uma saída para a questão.
A Folha apurou que parte das
empresas da Grande São Paulo
tem fôlego de, no máximo, 90 dias
para manter os empregos dos
funcionários que trabalham em
linhas de produção voltadas ao
mercado externo, caso as restrições sejam mantidas. O Sindicato
dos Metalúrgicos de São Paulo (filiado à Força Sindical) teme a demissão de 300 a 500 trabalhadores
de empresas da capital.
Na Multibrás -unidade da zona sul-, 100 dos 758 empregados
da fábrica estão envolvidos na
produção mensal de 15 mil fogões
para exportação. "Se essa produção não for absorvida pelo mercado interno, serão demitidos", disse Eleno José Bezerra, presidente
do sindicato. A empresa não comenta oficialmente o assunto.
O prejuízo mensal na CCE é de
R$ 5 milhões, segundo o sindicato. Na unidade da zona norte, cerca de 350 funcionários trabalham
na produção de placas para televisores e na montagem de aparelhos. Na estimativa do sindicato,
20% da produção é exportada para a Argentina. "Só na BSH Continental quase 100% das máquinas
de lavar são exportadas para a Argentina. Como cerca de cem trabalhadores estão envolvidos nessa linha de produção, estão com
os empregos ameaçados", diz Bezerra.
(CLAUDIA ROLLI)
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