São Paulo, sexta-feira, 09 de julho de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Valorização do petróleo tem efeito negativo sobre o mercado de ações; dólar subiu ontem 0,79%

Bolsa encerra semana com perda de 3,16%

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo teve uma semana ruim. A alta do petróleo, que derrubou também as Bolsas norte-americanas, esteve entre os principais motivos que explicam o ruim desempenho do mercado doméstico.
Ontem o preço do barril de petróleo voltou a subir. A pressão sobre o petróleo veio após o Departamento de Segurança Interna dos EUA mostrar preocupação com possíveis ataques terroristas no país no período das eleições.
Em Nova York, o barril do petróleo subiu 3,2%, vendido a US$ 40,33. Em Londres, o barril do tipo Brent teve alta de 3,17%.
O Ibovespa -principal índice da Bolsa paulista- caiu 3,16% na semana. Somente no pregão de ontem, as perdas foram de 1,34%. Na semana, 41 das 54 ações que compõem o Ibovespa registraram queda.
O dólar fechou com valorização de 0,79% diante do real, vendido a R$ 3,059.
Nem mesmo a conclusão de uma operação de captação de recursos de US$ 105 milhões pelo Itaú, em uma operação estruturada como securitização de recebíveis externos, ajudou a aliviar o câmbio.
Como hoje é feriado em São Paulo, muitas instituições financeiras preferiram comprar dólares para evitar eventuais surpresas negativas com o mercado internacional enquanto não houver operações por aqui.
O Dow Jones, principal índice da Bolsa de Nova York, teve queda 0,67%. A Nasdaq, Bolsa eletrônica das empresas de alta tecnologia, registrou baixa de 1,56%.

Altos e baixos
As ações de empresas de telefonia estiveram entre as maiores perdas da semana. O questionamento judicial sobre reajuste de tarifas serviu de justificativa para as baixas. A ação preferencial da Telemar caiu 2,42% no pregão de ontem. Na semana, o papel registrou perdas de 6,41%.
A ação Telemar Norte Leste PNA recuou 9,48% na semana, seguida por Telesp Celular Participações PN, que caiu 8,64% no período.
Após a divulgação de seu balanço de entregas do segundo trimestre, as ações da Embraer ficaram entre os destaques de alta do pregão de ontem. O papel preferencial da empresa fechou com valorização de 2,6%.
(FABRICIO VIEIRA)


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