São Paulo, sexta-feira, 09 de agosto de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Novo governo poderá adiar dívida, diz Fraga

FLÁVIA SANCHES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do Banco Central, Armínio Fraga, afirmou ontem, durante as explicações sobre o novo acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional), que o próximo presidente da República poderá pedir prorrogação de até um ano para pagar dívida de US$ 10 bilhões com a instituição que vence em 2003.
"Quem aqui estiver terá a opção de rolar. Creio que há a opção por mais um ano, se não me falha a memória", afirmou Armínio após corrigir um ato falho.
Ele havia dito antes uma frase que dava a entender que estaria no BC em 2003: "Nós vamos decidir à luz das circunstâncias".
Os US$ 10 bilhões que vencem em 2003, segundo o presidente do BC, estão fora dos US$ 30 bilhões do novo empréstimo com o Fundo. Quando o acordo foi anunciado, alguns especialistas acreditaram que um terço do dinheiro emprestado seria utilizado para pagar dívidas do país com o FMI.
"Isso está fora dos US$ 30 bilhões, os US$ 30 bilhões são adicionais. É bom reforçar", afirmou o presidente do BC.
Além dos US$ 10 bilhões, que são restos a pagar dos dois primeiros acordos, o Brasil ainda precisa saldar, até dezembro de 2003, US$ 26 bilhões de empréstimos feitos pelo governo e por empresas privadas no exterior.



Texto Anterior: Poupar mais não "engessa", diz Malan
Próximo Texto: Pose revolucionária
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.