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Novo governo poderá adiar dívida, diz Fraga
FLÁVIA SANCHES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do Banco Central,
Armínio Fraga, afirmou ontem,
durante as explicações sobre o
novo acordo com o FMI (Fundo
Monetário Internacional), que o
próximo presidente da República
poderá pedir prorrogação de até
um ano para pagar dívida de US$
10 bilhões com a instituição que
vence em 2003.
"Quem aqui estiver terá a opção
de rolar. Creio que há a opção por
mais um ano, se não me falha a
memória", afirmou Armínio após
corrigir um ato falho.
Ele havia dito antes uma frase
que dava a entender que estaria
no BC em 2003: "Nós vamos decidir à luz das circunstâncias".
Os US$ 10 bilhões que vencem
em 2003, segundo o presidente do
BC, estão fora dos US$ 30 bilhões
do novo empréstimo com o Fundo. Quando o acordo foi anunciado, alguns especialistas acreditaram que um terço do dinheiro
emprestado seria utilizado para
pagar dívidas do país com o FMI.
"Isso está fora dos US$ 30 bilhões, os US$ 30 bilhões são adicionais. É bom reforçar", afirmou
o presidente do BC.
Além dos US$ 10 bilhões, que
são restos a pagar dos dois primeiros acordos, o Brasil ainda
precisa saldar, até dezembro de
2003, US$ 26 bilhões de empréstimos feitos pelo governo e por empresas privadas no exterior.
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