ANA PAULA GRABOIS
DA FOLHA ONLINE

A Companhia Vale do Rio Doce vai investir US$ 6 bilhões até 2007. Os recursos serão destinados a 29 projetos de extração de minério de ferro, alumina, cobre e bauxita, de logística e de geração de energia elétrica.
Somente em cobre, ouro e níquel, a mineradora deverá investir mais da metade, cerca de US$ 3,13 bilhões. Para 2002, a estimativa de investimento é de US$ 953 milhões.
O presidente da Vale, Roger Agnelli, descartou que a estratégia de crescimento da companhia, com investimentos elevados, levem em conta eventual venda ou fusão.
"Os investimentos são todos da Vale, do caixa da empresa", disse ele, acrescentando que a empresa poderá, eventualmente, fazer alguma captação externa.
Ele negou que a Vale tenha planos de tornar-se uma holding siderúrgica, em parceria com a Usiminas e a CST, empresas do ramo nas quais possui participações. "Se a Usiminas vai se juntar com a CST, não é problema da Vale."
Agnelli defendeu o crescimento da indústria siderúrgica no país, o que aumentaria seu mercado. "Nosso foco é mineração. Poderemos apoiar o setor siderúrgico com contratos de longo prazo e participações minoritárias em novas plantas. A Vale não tem a mínima intenção de se transformar numa holding siderúrgica."

Acordo com o FMI
Agnelli afirmou que o acordo do governo com o FMI foi "de extraordinária importância para o país e para o próximo governo", pois diminuirá o nervosismo do mercado e dará tranquilidade para pelo menos o primeiro ano da gestão do próximo presidente.
"Qualquer candidato em sã consciência não pode ser contra um acordo desse que dá tranquilidade, pelo menos no primeiro ano, de poder gerenciar as contas públicas e o país dentro da normalidade", disse.



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