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São Paulo, sábado, 09 de agosto de 2003

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Meta oficial pode até ser atingida

DA SUCURSAL DO RIO

Com a drástica redução dos índices inflacionários nos últimos meses, especialistas já admitem a hipótese de que a meta oficial de 8,5% estabelecida para este ano venha a ser cumprida, algo impensável há menos de dois meses.
À medida que as taxas do segundo semestre do ano passado vão sendo substituídas por índices mensais menores, a taxa acumulada em 12 meses cai rapidamente. Passou de 16,57% em junho para 15,43% em julho.
"Nossa estimativa para o ano é de 8,71%, abaixo da que vem sendo feita pelo mercado [em torno de 10%]. A inflação vai ser de um dígito. Creio mesmo que há uma chance razoável de a meta [oficial] para este ano ser atingida", disse o economista Fernando Pinto Ferreira, diretor da consultoria Global Invest.
Ferreira entende que sua previsão não é para ser comemorada. "Isso só torna gritante o que o Banco Central tem feito. A política [monetária] dele já ultrapassou qualquer medida de bom senso."
O diretor de estudos macroeconômicos do Ipea, Paulo Levy, disse que, "se não houver nenhum choque desfavorável", como uma seca ou uma geada, "no geral, espera-se uma situação tranquila [da inflação] no futuro".
Levy admite que, como a demanda está contida, é possível que a taxa acumulada até o final do ano fique nos 8,5% mirados pelo governo. Ele lembrou que há três meses ninguém esperava inflação abaixo de 1% em julho.


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