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Meta oficial pode até ser atingida
DA SUCURSAL DO RIO
Com a drástica redução dos índices inflacionários nos últimos
meses, especialistas já admitem a
hipótese de que a meta oficial de
8,5% estabelecida para este ano
venha a ser cumprida, algo impensável há menos de dois meses.
À medida que as taxas do segundo semestre do ano passado
vão sendo substituídas por índices mensais menores, a taxa acumulada em 12 meses cai rapidamente. Passou de 16,57% em junho para 15,43% em julho.
"Nossa estimativa para o ano é
de 8,71%, abaixo da que vem sendo feita pelo mercado [em torno
de 10%]. A inflação vai ser de um
dígito. Creio mesmo que há uma
chance razoável de a meta [oficial] para este ano ser atingida",
disse o economista Fernando Pinto Ferreira, diretor da consultoria
Global Invest.
Ferreira entende que sua previsão não é para ser comemorada.
"Isso só torna gritante o que o
Banco Central tem feito. A política [monetária] dele já ultrapassou
qualquer medida de bom senso."
O diretor de estudos macroeconômicos do Ipea, Paulo Levy, disse que, "se não houver nenhum
choque desfavorável", como uma
seca ou uma geada, "no geral, espera-se uma situação tranquila
[da inflação] no futuro".
Levy admite que, como a demanda está contida, é possível
que a taxa acumulada até o final
do ano fique nos 8,5% mirados
pelo governo. Ele lembrou que há
três meses ninguém esperava inflação abaixo de 1% em julho.
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