São Paulo, terça-feira, 09 de agosto de 2005

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MERCADO FINANCEIRO

Ação preferencial do Bradesco avança 2,62% e puxa concorrentes; dólar sobe 0,87% e vai a R$ 2,33

Lucro recorde de bancos impulsiona Bolsa

DA REPORTAGEM LOCAL

O resultado inédito atingido pelo Bradesco no primeiro semestre do ano ajudou a animar investidores e a movimentar os negócios na Bovespa, que subiu 0,73%.
O Bradesco apresentou lucro líquido ainda maior que o registrado pelo Itaú na primeira metade do ano. A ação preferencial do banco subiu 2,62%. O papel PN do Unibanco acompanhou a expectativa positiva para o setor e teve valorização de 3,36%. A ação PN do Itaú fechou o pregão com alta de 1,87%.
A continuidade da escalada do preço do petróleo foi a notícia negativa de ontem. Sem outras novidades de maior peso, o dólar acabou acompanhando o cenário externo pouco otimista e fechou com alta de 0,87%, a R$ 2,33. Mas ninguém ainda arrisca falar que o dólar mudou de tendência e vai começar a ganhar terreno diante do real.
Para hoje, os investidores aguardam diferentes relevantes notícias. No campo externo, o Fed (banco central norte-americano) vai decidir como ficam os juros básicos no país. Internamente, haverá a divulgação do IPCA (índice utilizado pelo governo para monitorar a meta de inflação) e o depoimento do empresário Marcos Valério de Souza à CPMI que investiga as denúncias referentes ao esquema do "mensalão".
Se o Fed divulgar, após sua decisão, uma nota explicativa mais pessimista que as dos últimos meses, o mercado pode sofrer um forte processo de reajuste, o que seria ruim para os emergentes. Qualquer sinal de que os juros nos EUA poderão subir de forma mais consistente ou por um período mais longo que o esperado tende a levar investidores a vender ativos de emergentes e comprarem títulos americanos.
No caso do IPCA, se o indicador vier abaixo do esperado, poderá ampliar a parcela de instituições financeiras que apostam na possibilidade de a taxa básica (Selic, que está em 19,75% anuais) ser reduzida na reunião do Copom da próxima semana.
Ontem, as taxas dos contratos DI (Depósito Interfinanceiro) oscilaram pouco na BM&F. Quem se destacou foi o contrato DI com resgate em outubro, o segundo mais negociado. O maior giro do contrato DI refletiu a decisão do Tesouro de recomprar LTNs (títulos prefixados) para reduzir a concentração dos papéis com resgate em outubro de 2005.
(FABRICIO VIEIRA)


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