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POLÍTICA MONETÁRIA
Em carta ao Fundo, datada de agosto, ministro diz que inflação em queda permite o abrandamento
Palocci sinaliza ao FMI relaxamento no juro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) disse à direção do
FMI (Fundo Monetário Internacional) que é possível um "relaxamento" da política de taxa de juros porque a inflação está caindo.
A afirmação abre a carta de intenções enviada ao Fundo em 20 de
agosto, dia em que a taxa de juros
foi reduzida para 22% ao ano.
"Indicadores da evolução da inflação e de suas expectativas estão
convergindo para as metas do governo, permitindo relaxar a política monetária", diz a carta assinada por Palocci e por Henrique
Meirelles, do Banco Central.
Na carta, o governo brasileiro
também sinaliza ao FMI que as
metas centrais de inflação para
2004 e 2005 serão perseguidas
"firmemente". Ou seja, o governo
não vai "relaxar" demais a política
monetária, trabalhando com a
possibilidade de atingir a banda
superior das metas inflacionárias.
Pelo sistema de metas, a meta de
inflação será considerada cumprida caso a inflação medida pelo
IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) chegue a 8% em
2004, ou seja, 2,5 pontos percentuais acima da meta de 5,5%.
Ontem, o secretário do Tesouro
Nacional, Joaquim Levy, disse
que apenas um ponto do acordo
com o Fundo teve que ser mudado. É o que estabelece a necessidade de avanços na venda de quatro
bancos estaduais que foram federalizados (SC, MA, CE e PI).
O governo se comprometeu a
concluir uma nova rodada para a
determinação do preço mínimo
de venda desses bancos até setembro. O cronograma anterior previa algum progresso até junho.
Segundo a carta, "questões legais"
estão atrasando as avaliações.
Levy admitiu que alguns governadores não estão aceitando a
venda. Sem citar nomes, o secretário disse que, por esse motivo,
cada venda deverá ter uma velocidade diferente. Mas ressaltou que
os bancos serão vendidos.
"O governo federal botou muito
dinheiro nesses bancos e precisa
recuperar alguma coisa", disse.
Levy explicou ainda que a dívida
dos Estados diminuirá após a
venda e os bancos ficarão mais
eficientes.
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