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Mercado reduz mais
expectativa para o PIB
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pela quinta semana consecutiva, analistas de mercado consultados pelo Banco Central reduziram suas estimativas para o crescimento da economia esperado
para este ano. Segundo o levantamento, a projeção média passou
de 1,20% para 1,03%.
Todas as sextas-feiras, o BC
consulta cem bancos e empresas
de consultoria sobre o comportamento de diversos indicadores
econômicos. A queda na projeção
para o crescimento econômico
ainda reflete a reação do mercado
em relação aos números divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) há
duas semanas. No início deste
ano, a projeção era que o país iria
crescer 2% em 2003.
Segundo dados oficiais, o PIB
(Produto Interno Bruto, a soma
de todas as riquezas produzidas
no país) encolheu 1,6% no segundo trimestre deste ano em relação
aos três meses anteriores.
Diante desse quadro recessivo,
os analistas consultados pelo Banco Central dizem esperar um corte de 1,5 ponto percentual nos juros básicos da economia (Selic),
que hoje estão em 22% ao ano. Na
semana que vem, o Copom (Comitê de Política Monetária do
Banco Central) se reúne para discutir o assunto. Para as instituições pesquisadas, a taxa Selic vai
cair para 18% até o final do ano.
A expectativa de queda dos juros também reflete o maior otimismo do mercado em relação ao
comportamento da inflação. Para
este ano, projeta-se uma alta de
9,55% para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), contra 9,57% apontados pela pesquisa da semana anterior.
Para o mercado, o IPCA de
agosto -a ser divulgado hoje pelo IBGE- deve ser de 0,34%.
Onde as instituições pesquisadas esperam bom desempenho é
nas contas externas do país neste
ano -a expectativa para todos os
indicadores melhorou.
Assim, a projeção da balança
comercial passou de US$ 18,4 bilhões para US$ 19,1 bilhões; a de
ingresso de investimento estrangeiro passou de US$ 8,3 bilhões
para US$ 8,5 bilhões e a de déficit
em conta corrente baixou de US$
2 bilhões para US$ 1,5 bilhão.
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