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São Paulo, terça-feira, 09 de setembro de 2003

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Mercado reduz mais expectativa para o PIB

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pela quinta semana consecutiva, analistas de mercado consultados pelo Banco Central reduziram suas estimativas para o crescimento da economia esperado para este ano. Segundo o levantamento, a projeção média passou de 1,20% para 1,03%.
Todas as sextas-feiras, o BC consulta cem bancos e empresas de consultoria sobre o comportamento de diversos indicadores econômicos. A queda na projeção para o crescimento econômico ainda reflete a reação do mercado em relação aos números divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) há duas semanas. No início deste ano, a projeção era que o país iria crescer 2% em 2003.
Segundo dados oficiais, o PIB (Produto Interno Bruto, a soma de todas as riquezas produzidas no país) encolheu 1,6% no segundo trimestre deste ano em relação aos três meses anteriores.
Diante desse quadro recessivo, os analistas consultados pelo Banco Central dizem esperar um corte de 1,5 ponto percentual nos juros básicos da economia (Selic), que hoje estão em 22% ao ano. Na semana que vem, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) se reúne para discutir o assunto. Para as instituições pesquisadas, a taxa Selic vai cair para 18% até o final do ano.
A expectativa de queda dos juros também reflete o maior otimismo do mercado em relação ao comportamento da inflação. Para este ano, projeta-se uma alta de 9,55% para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), contra 9,57% apontados pela pesquisa da semana anterior.
Para o mercado, o IPCA de agosto -a ser divulgado hoje pelo IBGE- deve ser de 0,34%.
Onde as instituições pesquisadas esperam bom desempenho é nas contas externas do país neste ano -a expectativa para todos os indicadores melhorou.
Assim, a projeção da balança comercial passou de US$ 18,4 bilhões para US$ 19,1 bilhões; a de ingresso de investimento estrangeiro passou de US$ 8,3 bilhões para US$ 8,5 bilhões e a de déficit em conta corrente baixou de US$ 2 bilhões para US$ 1,5 bilhão.


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