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INDÚSTRIA
Venda da Conepar poderá fortalecer a Odebrecht e a Ipiranga no Sul
Participação na Copesul aumenta valor estratégico
da Reportagem Local
O valor estratégico da Conepar
não está restrito à participação
acionária indireta da holding na
Copene, central petroquímica do
pólo de Camaçari (BA).
A holding de participações do
grupo Econômico tem também
uma participação pequena, de 4%,
no capital votante da Copesul, a
central petroquímica do pólo de
Triunfo (RS).
Além da Conepar, participam do
capital votante da Copesul a Petroquisa (15,0%), a Ipiranga Petroquímica (27,7%), a OPP Polietilenos (10,8%) e a OPP Petroquímica
(16,9%).
OPP Polietilenos e OPP Petroquímica são do grupo Odebrecht.
Segundo analistas consultados
pela Folha, comprar os 4% do capital votante em poder da Conepar
pode representar, tanto para a
Odebrecht quanto para a Ipiranga,
maior poder dentro da central.
A compra da participação da Conepar, segundo esses analistas, poderia representar até o controle
acionário caso seja realizada por
um consórcio de empresas já acionistas da Copesul.
A central petroquímica do pólo
de Triunfo vem investindo para
ampliar sua produção, que já é ligeiramente superior à da central
petroquímica PQU, de São Paulo.
A capacidade de produção de
eteno da Copesul é a segunda do
país -685 mil toneladas/ano.
(MAURICIO ESPOSITO)
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