São Paulo, quinta, 9 de outubro de 1997.




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Petroquímica cresceu na década de 70

da Reportagem Local

O pólo petroquímico de Camaçari (BA), onde está instalada a Copene, foi criado no início da década de 70.
Na época, o governo militar procurava expandir a indústria petroquímica, concentrada nos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro.
"Havia uma preocupação com um desenvolvimento tecnológico mais homogêneo", avalia o economista Antonio Barros de Castro, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O pólo petroquímico de Camaçari foi uma iniciativa do governo e adotou o modelo tripartite de industrialização, que caracterizou a década de 70.
O investimento necessário era dividido entre o Estado, os empresários nacionais, financiados pelo BNDES, e grupos estrangeiros do setor, que entravam principalmente com a tecnologia.
Segundo o professor da Universidade Federal do Rio, não havia muitos grupos empresariais nacionais interessados no setor petroquímico.
"Os capitais nacionais foram pescados pela Petrobrás; banqueiros foram convertidos em industriais", afirma Barros de Castro.
Na avaliação do economista, o general Ernesto Geisel foi fundamental para a consolidação da indústria petroquímica no Brasil, seja como presidente da República ou como dirigente da Petrobrás.
Hoje, diz Barros de Castro, os grandes grupos nacionais não têm escala para competir com as multinacionais do setor.
"O setor manteve-se fragmentado e precisa de uma reforma", diz.
Investimentos
De acordo com estimativas da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química e de Produtos derivados), o setor deverá investir cerca de US$ 6 bilhões nos próximos anos em ampliações do parque produtivo.
A Copesul, central petroquímica do pólo de Triunfo (RS), deverá investir mais de US$ 500 milhões no próximo ano, segundo a entidade. (ME)



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