|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Petroquímica cresceu na década de 70
da Reportagem Local
O pólo petroquímico de Camaçari (BA), onde está instalada a
Copene, foi criado no início da década de 70.
Na época, o governo militar procurava expandir a indústria petroquímica, concentrada nos Estados
de São Paulo e do Rio de Janeiro.
"Havia uma preocupação com
um desenvolvimento tecnológico
mais homogêneo", avalia o economista Antonio Barros de Castro,
professor titular da Universidade
Federal do Rio de Janeiro.
O pólo petroquímico de Camaçari foi uma iniciativa do governo
e adotou o modelo tripartite de industrialização, que caracterizou a
década de 70.
O investimento necessário era
dividido entre o Estado, os empresários nacionais, financiados pelo
BNDES, e grupos estrangeiros do
setor, que entravam principalmente com a tecnologia.
Segundo o professor da Universidade Federal do Rio, não havia
muitos grupos empresariais nacionais interessados no setor petroquímico.
"Os capitais nacionais foram
pescados pela Petrobrás; banqueiros foram convertidos em industriais", afirma Barros de Castro.
Na avaliação do economista, o
general Ernesto Geisel foi fundamental para a consolidação da indústria petroquímica no Brasil, seja como presidente da República
ou como dirigente da Petrobrás.
Hoje, diz Barros de Castro, os
grandes grupos nacionais não têm
escala para competir com as multinacionais do setor.
"O setor manteve-se fragmentado e precisa de uma reforma", diz.
Investimentos
De acordo com estimativas da
Abiquim (Associação Brasileira da
Indústria Química e de Produtos
derivados), o setor deverá investir
cerca de US$ 6 bilhões nos próximos anos em ampliações do parque produtivo.
A Copesul, central petroquímica
do pólo de Triunfo (RS), deverá
investir mais de US$ 500 milhões
no próximo ano, segundo a entidade.
(ME)
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|