ELAINE COTTA
DE BUENOS AIRES

Os países do Mercosul devem se unir nas negociações da Alca (Área de Livre Comércio das Américas), mas isso não impede a realização de acordos de caráter bilateral, como já fazem os Estados Unidos.
A opinião foi dada ontem pelo ministro da Economia da Argentina, Roberto Lavagna, durante encontro com correspondentes estrangeiros em Buenos Aires. "Temos de combinar acordos de caráter regional e continental com acordos sub-regionais, país por país, como já fazem os Estados Unidos", disse o ministro da Argentina.
Ele defendeu a consolidação do G22. "É um grupo que pode acrescentar o que falta à OMC [Organização Mundial do Comércio], que é equilíbrio, e assegurar que os resultados finais das negociações não atendam apenas aos interesses dos países desenvolvidos."
Amanhã, durante todo o dia, os chanceleres dos países que formam o G22 estarão reunidos em Buenos Aires para discutir temas sobre o comércio mundial.
Lavagna comentou os resultados da última rodada de negociações da OMC, em Cancún (México). Para ele, desta vez os países em desenvolvimento, liderados pelo Brasil, chegaram ao encontro com mais "experiência e conhecimento" na comparação com as rodadas anteriores.


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