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HSBC defende juros mais baixos
O Brasil tem que se preparar
para operar com taxas básicas de juros na faixa de 8% a
9%, inflação de 4% a 5% e
juros reais de 2% a 3%. A transição da Selic dos atuais 19,5% para
um patamar mais baixo tem que
se dar num ritmo mais acelerado.
A afirmação é de Emilson
Alonso, presidente do HSBC. Segundo ele, não haveria fuga de
dinheiro do país com os juros
reais na faixa de 2% a 3%. O dinheiro continuaria sendo investido em títulos públicos.
De acordo com Alonso, com o
regime de câmbio flutuante, o dinheiro não tem para onde ir.
"O mercado de câmbio no Brasil é pequeno e não tem liquidez
suficiente", afirmou Alonso. Ou
seja, quem troca real por dólar
perde dinheiro.
A preocupação de Alonso é
com a atividade econômica. A
seu ver, o atual ritmo de crescimento, de 3,5% ao ano, está obrigando os bancos e as grandes redes de comércio a impor restrições ao crédito com temor de aumento da inadimplência. O próprio HSBC já adotou uma série
de medidas de restrições ao crédito na sua financeira, a Losango.
O objetivo foi reduzir em 10% o
total do crédito.
Alonso chama a atenção, ainda, para o fato de que a redução
dos juros poderia abrir espaço
para baixar tanto o serviço da dívida como o superávit primário.
O presidente do HSBC acha que
o governo deveria começar a
pensar em baixar impostos a fim
de incentivar a atividade econômica, a exemplo do que ocorre
nos Estados Unidos.
Sobre a crise política, Alonso
afirma que a economia não foi
contagiada em razão, principalmente, do mercado externo.
"Se o mercado internacional
não estivesse tão líquido, talvez o
país tivesse tido prejuízo com a
crise política."
O banqueiro acha até que Lula
voltou a se tornar um candidato
forte à reeleição. Há três meses,
havia enormes dúvidas sobre isso. "O Lula voltou a estar na ordem do dia da reeleição."
Emilson Alonso assume na
próxima quinta-feira a presidência da ABBI (Associação Brasileira de Bancos Internacionais),
uma entidade que representa os
bancos estrangeiros no país criada em 1988, em plena Constituinte, por Henrique Meirelles, presidente de honra da ABBI. A entidade já teve quatro presidentes:
Meirelles, Bernard Mencier (ex-CCF), Alcides Amaral (ex-Citi) e
Geraldo Carbone (BankBoston).
LUXO E TRADIÇÃO
O Copacabana Palace reabre neste mês, depois de quase um ano de reformas, a ala
de apartamentos que ficou
conhecida como Anexo, em
frente à piscina e que ganhou
fama por ser o preferido dos
paulistas. Com 83% de freqüência estrangeira, o Copa
quer aumentar a fatia de brasileiros, principalmente paulistas. "Nós queremos mais
paulistas no Copa", diz Philipe Carruthers, diretor geral
do hotel. "O Anexo sempre
foi muito utilizado pelos
paulistas". O grupo Orient-Express, dono do Copa, investiu R$ 5,5 milhões na reforma do Anexo. Foram reformados 36 apartamentos
com a vista para a piscina. A
parte dos fundos, que fica em
frente à Avenida Nossa Senhora de Copacabana, deverá ser reformada em 2006.
Ao todo, o Anexo possui 78
apartamentos. O Copa tem,
ao todo, 225 apartamentos,
incluindo a ala principal.
Desde que comprou o Copa,
em 1989, o grupo Orient-Express já investiu no hotel US$
50 milhões. O investimento
valeu a pena. No ano passado, pela primeira vez, o Copa
foi a empresa que rendeu o
maior lucro entre todas as
companhias do grupo. O
Orient-Express tem 47 unidades operacionais, a maioria hotéis em diversas partes
do mundo. O Copa é um dos
hotéis mais rentáveis do país.
Sua ocupação média é de
65% ao ano. A média da diária é de US$ 340.
ABERTURA
O IRB-Brasil Re tornou disponível desde sexta-feira toda a
composição do preço de cada
contrato de resseguro. Isso inclui
mostrar a parcela dos impostos
cobrados, os custos operacionais
do IRB-Brasil Re, assim como a
comissão cobrada da empresa.
Marcos Lisboa, presidente do
IRB, quer abrir o mercado.
À VENDA
A Funcef acaba de vender o hotel Blue Tree Vila Olímpica, que
fica na rua Pequetita (SP), por R$
5,1 milhões, para o grupo Le
Partner. O que circula é que o hotel será transformado em um
"inferninho". A Funcef pretende
vender outros hotéis da rede.
Um deles é o de Brasília, que tem
como sócio Paulo Octavio.
PÂNICO NAS AGÊNCIAS
A nova administração da Brasil
Telecom está revendo todos os
contratos de publicidade com as
agências. São mais de 20 empresas. Já houve alguns cancelamentos. O maior contrato da
Brasil Telecom é com a agência
de Duda Mendonça, mas também há com a DNA e a SMPB, de
Marcos Valério.
NANOTECNOLOGIA
O centro de tecnologia e inovação da Braskem, no Rio Grande
do Sul, recebeu na semana passada a primeira máquina para
aplicação em nanocompósitos.
Trata-se de extrusora importada
da Alemanha. O investimento
será de US$ 3 milhões. O primeiro lançamento com o uso da tecnologia será no ano que vem.
PARA EXPORTAÇÃO
O Banco do Brasil alcançou a
marca de US$ 9,1 bilhões em
operações de adiantamento sobre contratos de câmbio e adiantamento sobre cambiais entregues. O resultado é um acumulado de janeiro a setembro que já
supera o total contratado em
2004. A previsão do BB é fechar o
ano com um volume de operações em ACC/ACE entre US$ 11
bilhões e US$ 12 bilhões.
INVESTIMENTOS
O governador Luiz Henrique
(SC) prevê aquecimento do setor
de fumicultura no Estado após a
instalação de uma fábrica da
American Virginia, em São José,
vizinha a Florianópolis. A nova
fábrica receberá investimentos
de R$ 17 milhões e terá capacidade de produzir 9,2 bilhões de cigarros por ano. A inauguração
deve ocorrer em janeiro de 2006.
RETORNO
Dez anos depois, a Abdib (Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base) reabriu um escritório no Rio para
servir de base para a entidade e
empresas associadas. A iniciativa
foi motivada pelo ritmo de atividade do setor de óleo e gás e pela
grande concentração de empresas e autoridades ligadas à infra-estrutura na cidade. Até o fim
deste mês, a entidade promete
uma reunião para inaugurar as
instalações oficialmente.
INAUGURAÇÃO
A Atlantica Hotels International inaugura em dezembro, em
Muro Alto (PE), o primeiro resort administrado pela empresa
no Brasil. Trata-se do Beach
Class Resort Muro Alto. O complexo de cinco estrelas, que conta
com 252 unidades, recebeu investimentos de R$ 40 milhões.
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