São Paulo, sexta-feira, 09 de outubro de 2009

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Bancários encerram greve em SP após 15 dias

Categoria aceita proposta de reajuste de 6%, mas paralisação continua na Caixa

Aumento real é de 1,5%; Banco do Brasil atende a reivindicação de contratar 10 mil bancários, de acordo com assessoria de sindicato

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Após 15 dias de greve, a maior parte dos bancários de São Paulo decidiu ontem voltar ao trabalho. As paralisações, porém, ainda serão mantidas na Caixa Econômica Federal, já que a negociação não avançou.
Em assembleia realizada ontem, os bancários de instituições privadas, da Nossa Caixa e do Banco do Brasil aceitaram proposta da Fenaban (federação dos bancos).
O acordo prevê reajuste salarial de 6%, o que representa aumento real de 1,5%, e a simplificação da regras de pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), agora baseadas no percentual do lucro das instituições. A proposta inclui PLR de 90% do salário mais R$ 1.024, com teto de R$ 6.680. O valor pode ser majorado até que seja distribuído pelo menos 5% ou até 15% do lucro.
A categoria ainda obteve outros benefícios, como a ampliação da licença-maternidade para seis meses. O Banco do Brasil também atendeu a reivindicação da categoria para contratar 10 mil bancários em dois anos, de acordo com a assessoria de imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
"Pelo sexto ano consecutivo, os bancários conquistam aumento real de salários", disse em nota o presidente do sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.
No restante do país, o movimento nas empresas privadas também acabou. Já no BB, há uma divisão -unidades em Brasília, Porto Alegre, Salvador e Fortaleza, seguem paradas. Servidores da Caixa Econômica Federal também continuam em greve em todo o país. Um novo encontro entre uma comissão de negociação da estatal e sindicalistas está marcada para hoje à tarde.

Outras categorias
Greves realizadas por outras categorias também resultaram em aumento real.
Depois de três semanas de paralisações, os 3.500 metalúrgicos da Volkswagen-Audi, em São José dos Pinhais, fecharam com a empresa reajuste de 8,3%, ou 3,7% de aumento real. O acordo foi fechado no fim de setembro. Funcionários da GM de São José dos Campos, no interior de São Paulo, e de São Caetano do Sul, no ABC paulista, receberam reajuste de 8,3%.
Com as greves, a indústria automotiva deixou de produzir 20 mil veículos, segundo estimativa da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
Também os trabalhadores dos Correios encerraram greve em setembro. Na região metropolitana de São Paulo, os servidores aceitaram a proposta de aumento de 9% mais R$ 100 e comprometeram-se a não fazer campanha salarial em 2010.


Com o "Agora"


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