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Bancários encerram greve em SP após 15 dias
Categoria aceita proposta de reajuste de 6%, mas paralisação continua na Caixa
Aumento real é de 1,5%; Banco do Brasil atende a
reivindicação de contratar
10 mil bancários, de acordo com assessoria de sindicato
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Após 15 dias de greve, a maior
parte dos bancários de São Paulo decidiu ontem voltar ao trabalho. As paralisações, porém,
ainda serão mantidas na Caixa
Econômica Federal, já que a
negociação não avançou.
Em assembleia realizada ontem, os bancários de instituições privadas, da Nossa Caixa e
do Banco do Brasil aceitaram
proposta da Fenaban (federação dos bancos).
O acordo prevê reajuste salarial de 6%, o que representa aumento real de 1,5%, e a simplificação da regras de pagamento
da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), agora baseadas no percentual do lucro
das instituições. A proposta inclui PLR de 90% do salário
mais R$ 1.024, com teto de R$
6.680. O valor pode ser majorado até que seja distribuído pelo
menos 5% ou até 15% do lucro.
A categoria ainda obteve outros benefícios, como a ampliação da licença-maternidade para seis meses. O Banco do Brasil
também atendeu a reivindicação da categoria para contratar
10 mil bancários em dois anos,
de acordo com a assessoria de
imprensa do Sindicato dos
Bancários de São Paulo.
"Pelo sexto ano consecutivo,
os bancários conquistam aumento real de salários", disse
em nota o presidente do sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.
No restante do país, o movimento nas empresas privadas
também acabou. Já no BB, há
uma divisão -unidades em
Brasília, Porto Alegre, Salvador
e Fortaleza, seguem paradas.
Servidores da Caixa Econômica Federal também continuam
em greve em todo o país. Um
novo encontro entre uma comissão de negociação da estatal
e sindicalistas está marcada para hoje à tarde.
Outras categorias
Greves realizadas por outras
categorias também resultaram
em aumento real.
Depois de três semanas de
paralisações, os 3.500 metalúrgicos da Volkswagen-Audi, em
São José dos Pinhais, fecharam
com a empresa reajuste de
8,3%, ou 3,7% de aumento real.
O acordo foi fechado no fim de
setembro. Funcionários da GM
de São José dos Campos, no interior de São Paulo, e de São
Caetano do Sul, no ABC paulista, receberam reajuste de 8,3%.
Com as greves, a indústria
automotiva deixou de produzir
20 mil veículos, segundo estimativa da Anfavea (Associação
Nacional dos Fabricantes de
Veículos Automotores).
Também os trabalhadores
dos Correios encerraram greve
em setembro. Na região metropolitana de São Paulo, os servidores aceitaram a proposta de
aumento de 9% mais R$ 100 e
comprometeram-se a não fazer
campanha salarial em 2010.
Com o "Agora"
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