São Paulo, Terça-feira, 09 de Novembro de 1999
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INFORMÁTICA
Juiz norte-americano deu ganho de causa ao governo dos EUA, que acusa monopólio da empresa
Ações da Microsoft caem 1,77% em NY

Reuters - 5.nov.99
Bill Gates, fundador da Microsoft, que enfrenta acusações de monopólio nos EUA


das agências internacionais

As ações da Microsoft caíram ontem 1,77%, em relação ao valor negociado na sexta-feira, e terminaram o dia valendo US$ 89,94 na Bolsa de Nova York.
Wall Street havia registrado queda de 9% nas ações da Microsoft nas primeiras horas do pregão, espalhando o temor de um "efeito cascata" na Bolsa. Analistas chegavam a estimar que a Microsoft poderia fechar o dia com 10% de perda em suas ações.
A agitação em Wall Street foi consequência da decisão tomada pelo juiz norte-americano Thomas Penfield Jackson, que pronunciou uma sentença contra a empresa na sexta-feira. A Microsoft foi acusada pelo governo dos Estados Unidos de praticar monopólio no setor de informática.
Ontem, pouco depois de abrir, a Bolsa de Nova York já havia negociado mais de 15 milhões de títulos da empresa, que caíram para US$ 84,75. Em relação ao fechamento do pregão de sexta-feira, a queda havia sido de US$ 6,81.
Desde o início de novembro, a Microsoft faz parte do índice Dow Jones, que reúne as 30 empresas mais importantes dos Estados Unidos.
"A Microsoft é uma empresa que causa grande repercussão no mercado", disse um analista do mercado financeiro.
Perto do meio-dia, o índice Dow Jones havia caído 0,31%, atingindo 10.672,67 pontos. Como as ações de outras empresas mantiveram-se na média, o mercado foi aos poucos registrando índices positivos. O índice Dow Jones fechou o dia com alta de 0,13%, atingindo 10.718,85 pontos.
O índice Nasdaq, onde se reúne grande parte das empresas de tecnologia, fechou com uma alta de 1,34%, apesar da queda da Microsoft -que também integra o índice.
As ações da Red Hat, empresa que distribui o sistema operacional Linux, o maior concorrente do Windows da Microsoft, subiram US$ 15,18 (18%).
A queda das ações da Microsoft no mercado financeiro pode servir para a empresa "negociar" com o governo norte-americano, que pode vir a temer uma queda em "efeito cascata" na Bolsa.


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