São Paulo, Terça-feira, 09 de Novembro de 1999
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COMBUSTÍVEL
Proposta será analisada
Governo pode leiloar álcool para o preço cair

da Sucursal de Brasília

O ministro Rodolpho Tourinho (Minas e Energia) formalizou ontem no Cima (Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool) uma proposta para que parte dos estoques de álcool combustível do governo seja vendida.
O objetivo é forçar a redução no preço do produto ao consumidor, que em alguns postos do país chegou a subir até 50% nas últimas duas semanas, alimentando pressões inflacionárias.
A proposta de Tourinho será analisada ainda nesta semana, quando deve ocorrer uma reunião do Cima. O governo possui cerca de 2 bilhões de litros de álcool, mas ainda não há uma decisão sobre quanto desse estoque seria vendido.
Há duas semanas, o Cima aprovou a suspensão do subsídio que era concedido pelo governo aos produtores de álcool. A decisão foi tomada, segundo explicações oficiais, porque o aumento do preço da gasolina tornou o álcool mais competitivo no mercado e mais atraente para o consumidor.
Na ocasião, o ministro Pratini de Morais (Agricultura) afirmou que o fim do subsídio não acarretaria aumento de preço para o consumidor, mas a previsão não se concretizou.
O subsídio ao álcool hidratado, cujo preço ao consumidor é liberado, era de R$ 0,045 por litro. Ele foi efetivamente suspenso no dia 1º deste mês. Para o Ministério de Minas e Energia, o fim do subsídio poderia gerar alta e preço ao consumidor inferior a 10%.
O reajuste está sendo investigado pela Secretaria de Acompanhamento Econômico, que é ligada ao Ministério da Fazenda.
Os estoques de álcool combustível do governo estão sob responsabilidade da Petrobras. Eles seriam leiloados para as distribuidoras de combustível, que fariam o produto chegar ao consumidor.



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