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METALÚRGICOS
Reivindicações são reajuste de 20% e redução da jornada; movimento pode atingir mais empresas
Paralisação atinge São José e Campinas
JOSÉ BENEDITO DA SILVA
da Folha Vale
Cerca de 11 mil metalúrgicos paralisaram ontem as atividades em
quatro empresas no primeiro dia
da sequência de greves liderada
pelo sindicato de São José dos
Campos (97 km de SP).
A produção da General Motors,
que tem 8.500 funcionários, ficou
parada durante todo o dia. Na
Philips, Exotec e Parker Hannifin
houve paralisações que variaram
de 30 minutos a duas horas, envolvendo 2.500 operários.
O sindicalista Ivan Trevisan disse que a entidade deu prazo até
amanhã para que as negociações
com as empresas dêem algum resultado. "Caso contrário, vamos
parar todo mundo", disse.
Os metalúrgicos querem 20%
de reajuste salarial -sendo 10%
relativos à inflação dos últimos 12
meses (calculada pelo Dieese) e
10% de aumento real-, manutenção das cláusulas sociais do
acordo de 97 (o sindicato não assinou o de 98 por discordar do
banco de horas) e redução da jornada para 36 horas semanais.
Na GM, segundo o sindicato,
houve a adesão dos 8.500 funcionários da unidade, que produz
diariamente 500 veículos Corsa e
S-10, além de motores do Vectra.
A empresa não quis avaliar os
prejuízos decorrentes da greve.
Na Philips, os trabalhadores de
cada um dos turnos (são três de 8
horas) retardaram a entrada no
trabalho. A direção da unidade
segurou os funcionários que trabalhavam até a entrada dos grevistas para não afetar a produção.
O gerente de comunicações da
Philips, Guilherme Whitaker
Penteado, disse que a empresa
não faria nenhum comentário até
o encerramento das negociações
conduzidas pelo grupo 8 da Fiesp.
Campinas
Cerca de 2.850 metalúrgicos paralisaram ontem a produção de
três empresas da região de Campinas (99 km de SP).
O objetivo das paralisações é
pressionar os empresários a negociar 10% de reajuste, 10% de aumento real e ainda a redução da
jornada de 40 para 36 horas semanais com piso salarial de R$ 870.
O Sindicato dos Metalúrgicos
de Campinas e Região organizou
a greve na Villares Metais, de Sumaré, Gevisa, de Campinas, e Filtros Mann, de Indaiatuba.
O objetivo dos sindicalistas é
manter a greve nas três empresas,
além de estender, entre hoje e sexta-feira, a paralisação para outras
metalúrgicas da região.
A Gevisa e a Filtros Mann não se
pronunciaram ontem. A Villares
informou que aguarda o fim da
paralisação hoje. ""Essa é uma greve política e aguardamos o fim para hoje", disse o gerente administrativo da Villares, Carlos Alberto
Utescher.
Colaborou a Folha Campinas
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