São Paulo, Terça-feira, 09 de Novembro de 1999
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Metalúrgicos podem fazer greve no PR

WAGNER OLIVEIRA
da Agência Folha, em Curitiba

Metalúrgicos de três das quatro montadoras instaladas no Paraná ameaçam entrar em greve a partir de amanhã caso não obtenham nova proposta de reajuste salarial.
Assembléias realizadas na tarde de ontem por metalúrgicos da Renault, Audi/Volkswagen e Volvo decidiram aguardar nova posição das montadoras até as 15h de amanhã, quando haverá nova deliberação.
Em seis rodadas de negociações, o Sinfavea (Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) ofereceu aos metalúrgicos 5,65% de reposição salarial, piso de R$ 500, abono de R$ 350 e manutenção da atual jornada de trabalho.
O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, ligado à Força Sindical, reivindica para a categoria 8,44% de reajuste salarial, piso de R$ 650, abono de Natal de R$ 1.000 e redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais.
"A categoria não abre mão do reajuste de 8,44% porque companheiros já conseguiram reajuste até de 10% em São Paulo", afirmou o presidente do sindicato, Sérgio Butka.
Ele se referia aos reajustes concedidos pela Volkswagen, Ford e Scania em acordos com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC na semana passada.

Decisão hoje
A assessoria de imprensa do Sinfavea informou que as empresas devem se manifestar hoje sobre a decisão tomada ontem pelos metalúrgicos das três empresas.
Em férias coletivas há um mês, os cerca de 900 metalúrgicos da Chrysler não participaram das assembléias.
Segundo o sindicato, a categoria é formada por 6.500 metalúrgicos nas quatro montadoras e cerca de 10 mil nas empresas de autopeças.



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