São Paulo, Terça-feira, 09 de Novembro de 1999
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MERCADO FINANCEIRO

Pressão de compra mantém alta da Bovespa

da Reportagem Local

O "efeito Microsoft" não atingiu a Bolsa de Valores de São Paulo, que fechou em alta de 1,93%. Desde 25 de outubro, a Bovespa não registra recuo no fechamento.
Pela manhã, a história caminhava para rumo diferente. Uma decisão judicial nos EUA, contrária à empresa Microsoft, provocou forte queda dos papéis da empresa na Bolsa de Nova York.
A Bovespa acompanhou o comportamento externo e "realizou lucros". Investidores que haviam ganhado com a valorização da semana passada (8,6%), começaram a vender ações e embolsar a lucratividade obtida. A Bolsa caiu 1,53%.
Mas o mercado continuava "comprador". Havia mais gente disposta a comprar papéis do que investidores querendo vender.
Os negócios movimentaram pouco dinheiro pela manhã (cerca de R$ 250 milhões). Foi fácil a inversão de posição à tarde. O mercado voltou ao otimismo da semana passada e subiu progressivamente, fechando na máxima do dia. O volume financeiro também melhorou e atingiu R$ 763,948 milhões.
O câmbio viveu um dia de leve pressão. A cotação do dólar comercial chegou a R$ 1,93, mas fechou a R$ 1,925 (alta de 0,21% em relação a sexta-feira).
Foi a primeira vez desde 26 de outubro que a moeda fechou em alta. O mercado, contudo, não acredita em uma mudança de humor. A variação foi creditada a movimentos específicos de compra realizados ontem, um dia de poucos negócios.
"O volume de operações está baixo, o que provoca uma oscilação. Em comparação ao que vivenciamos no mês passado, a variação é absolutamente normal", disse Carlos Alberto Abdalla, da corretora Souza Barros.
Na última semana de outubro, o Banco Central anunciou uma série de medidas para conter o avanço do dólar (que chegou a ser negociado a R$ 2,003). A estratégia deu resultado, e a moeda caiu constantemente na semana passada. "Quem conseguiu fazer sua operação em dólar já se acalmou", disse Abdalla.
Para operadores, a variação da moeda tende a ser em patamares menores a partir de agora.
(MARCELO DIEGO)


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