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MERCADO FINANCEIRO
Pressão de compra mantém alta da Bovespa
da Reportagem Local
O "efeito Microsoft" não atingiu a Bolsa de Valores de São
Paulo, que fechou em alta de
1,93%. Desde 25 de outubro, a
Bovespa não registra recuo no fechamento.
Pela manhã, a história caminhava para rumo diferente. Uma
decisão judicial nos EUA, contrária à empresa Microsoft, provocou forte queda dos papéis da
empresa na Bolsa de Nova York.
A Bovespa acompanhou o
comportamento externo e "realizou lucros". Investidores que
haviam ganhado com a valorização da semana passada (8,6%),
começaram a vender ações e embolsar a lucratividade obtida. A
Bolsa caiu 1,53%.
Mas o mercado continuava
"comprador". Havia mais gente
disposta a comprar papéis do que
investidores querendo vender.
Os negócios movimentaram
pouco dinheiro pela manhã (cerca de R$ 250 milhões). Foi fácil a
inversão de posição à tarde. O
mercado voltou ao otimismo da
semana passada e subiu progressivamente, fechando na máxima
do dia. O volume financeiro também melhorou e atingiu R$
763,948 milhões.
O câmbio viveu um dia de leve
pressão. A cotação do dólar comercial chegou a R$ 1,93, mas fechou a R$ 1,925 (alta de 0,21% em
relação a sexta-feira).
Foi a primeira vez desde 26 de
outubro que a moeda fechou em
alta. O mercado, contudo, não
acredita em uma mudança de
humor. A variação foi creditada a
movimentos específicos de compra realizados ontem, um dia de
poucos negócios.
"O volume de operações está
baixo, o que provoca uma oscilação. Em comparação ao que vivenciamos no mês passado, a variação é absolutamente normal",
disse Carlos Alberto Abdalla, da
corretora Souza Barros.
Na última semana de outubro,
o Banco Central anunciou uma
série de medidas para conter o
avanço do dólar (que chegou a
ser negociado a R$ 2,003). A estratégia deu resultado, e a moeda
caiu constantemente na semana
passada. "Quem conseguiu fazer
sua operação em dólar já se acalmou", disse Abdalla.
Para operadores, a variação da
moeda tende a ser em patamares
menores a partir de agora.
(MARCELO DIEGO)
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