São Paulo, quinta-feira, 09 de novembro de 2000

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BOLSAS DOS EUA
Nova economia tem queda de 5,39% em dia de grande oscilação
Indefinição eleitoral derruba Nasdaq

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

As ações da nova economia caíram ontem, movidas pelo clima de ansiedade diante do resultado da eleição presidencial dos EUA. Mais do que qualquer resultado, o que afetou o mercado foi a indefinição e o momento de espera dos investidores.
"O mercado fica cético diante das incertezas", diz Brian Belsky, analista do U.S Bancorp Piper Jaffray à rede CNN. "E o setor que melhor traduz as incertezas é, fundamentalmente, o da nova economia."
O Nasdaq Composite (principal indicador da Bolsa eletrônica que concentra ações de empresas de informática e novas tecnologias) caiu 5,39% -perda de 184,09 pontos.
O índice Dow Jones (que reúne as ações mais negociadas na Bolsa de Nova York) operou no azul durante boa parte do dia, mas terminou o pregão em queda de 0,41%.
A Bolsa de Nova York, reduto de grandes companhias da economia tradicional, se mostrou, durante o dia, um refúgio para os investidores mais conservadores.
As grandes companhias do setor de fumo, farmácia e petróleo -consideradas pró-George W. Bush, o candidato republicano à presidência dos EUA- chegaram a operar em alta durante os momentos em que Bush parecia ser o sucessor de Bill Clinton.
No entanto, até o fechamento desta edição, não era possível apontar o vencedor da eleição norte-americana.
A percepção de grande parte dos investidores é que Bush -que está tecnicamente empatado com seu rival, o democrata Al Gore- possa ouvir com mais atenção os desejos das grandes empresas do setor de farmácia, finanças e petróleo.
"Acredito que quando o mercado interpreta essa vitória, as ações de empresas de companhias tradicionais sobem. A expectativa faz a tecnologia cair", disse Ned Riley, estrategista-chefe da consultoria State Street Global Advisors à rede CNN.

Indicadores
Os preços pagos pelas importações nos Estados Unidos caíram em outubro pela primeira vez em seis meses devido principalmente à queda do custo de compra do petróleo.
No mês passado foi registrada uma redução de 0,5%, depois de uma alta de 1,2% em setembro. O preços pagos pelas exportações tiveram um recuo de 0,1%. Em setembro havia tido aumento de 0,5%.


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