|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Outro lado
Sindicato apóia moralização, mas teme injustiças
DA REPORTAGEM LOCAL
Edivar Vilela de Queiroz,
presidente do Sindifrio, sindicato dos frigoríficos paulistas, informa que concorda
com as ações de fiscalização
da Secretaria da Fazenda do
Estado de São Paulo com a
intenção de combater irregularidades no setor.
"Somos a favor da moralização do setor. Só que o Estado não pode punir empresas
que agem de forma regular
só porque algumas agem de
forma irregular", afirma.
Desde fevereiro deste ano,
segundo informa Queiroz, o
governo paulista está retardando a concessão de créditos fiscais aos frigoríficos. "O
normal é a Fazenda dar créditos [para abater de débitos
fiscais] em 60 dias, o que não
está ocorrendo", afirma.
Esses créditos têm origem
na compra de bois e de carnes com ossos de outros Estados -Goiás, Mato Grosso e
Minas Gerais- para serem
beneficiados no Estado de
São Paulo. "Os créditos têm
de ser dados. Se não, o Estado vai matar a indústria frigorífica paulista. É preciso
distinguir o joio do trigo."
Queiroz afirma que o Sindifrio tentou várias vezes encontro com o secretário da
Fazenda, Luiz Tacca Júnior,
"para ajudar a secretaria com
informações, mas ele não
deu a mínima bola para nós".
Os frigoríficos paulistas,
segundo informa, participam com 52% das exportações brasileiras de carnes bovinas, que passam de US$ 3
bilhões anuais. O cerco aos
frigoríficos que operam irregularmente já resultou no fechamento de vários estabelecimentos.
(CR e FF)
Texto Anterior: SP faz ação anti-sonegação em 87 frigoríficos Próximo Texto: Preços: Brasil e Bolívia estendem prazo para negociar gás Índice
|