São Paulo, quinta-feira, 09 de novembro de 2006

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Outro lado

Sindicato apóia moralização, mas teme injustiças

DA REPORTAGEM LOCAL

Edivar Vilela de Queiroz, presidente do Sindifrio, sindicato dos frigoríficos paulistas, informa que concorda com as ações de fiscalização da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo com a intenção de combater irregularidades no setor.
"Somos a favor da moralização do setor. Só que o Estado não pode punir empresas que agem de forma regular só porque algumas agem de forma irregular", afirma.
Desde fevereiro deste ano, segundo informa Queiroz, o governo paulista está retardando a concessão de créditos fiscais aos frigoríficos. "O normal é a Fazenda dar créditos [para abater de débitos fiscais] em 60 dias, o que não está ocorrendo", afirma.
Esses créditos têm origem na compra de bois e de carnes com ossos de outros Estados -Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais- para serem beneficiados no Estado de São Paulo. "Os créditos têm de ser dados. Se não, o Estado vai matar a indústria frigorífica paulista. É preciso distinguir o joio do trigo."
Queiroz afirma que o Sindifrio tentou várias vezes encontro com o secretário da Fazenda, Luiz Tacca Júnior, "para ajudar a secretaria com informações, mas ele não deu a mínima bola para nós".
Os frigoríficos paulistas, segundo informa, participam com 52% das exportações brasileiras de carnes bovinas, que passam de US$ 3 bilhões anuais. O cerco aos frigoríficos que operam irregularmente já resultou no fechamento de vários estabelecimentos. (CR e FF)


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