São Paulo, domingo, 09 de dezembro de 2001 |
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PAINEL S.A. Primeira linha Roberto Setubal (Itaú) afirma que o banco da Argentina está preparado para a situação adversa que enfrenta o país agora. Segundo ele, a participação do banco no mercado de lá tem até aumentado, e os empréstimos estão concentrados em empresas de primeira linha. Sem créditos públicos De acordo com Setubal, o Itaú na Argentina não tem créditos com o setor público. "Nossa política sempre foi de não emprestar para governo", afirmou. Por isso, 40% dos depósitos são bastante líquidos. Grão de poeira Mesmo com o cenário difícil da Argentina, Setubal garante que o resultado do banco da Argentina será positivo. De todo modo, o Itaú na Argentina representa 2% dos ativos do banco no Brasil. Bye bye, Brasil Durante sua breve passagem pelo Brasil na semana passada, o brasilianista Albert Fishlow, de Columbia, fez comentários sobre as eleições no Brasil em 2002. Segundo ele, se houver um segundo turno entre Lula e Itamar Franco, não é o capital que vai embora do país, e sim os próprios brasileiros. "Todos ao mesmo tempo." Petrobras versus... Há três anos, a Petrobras espera autorização do Ibama para iniciar operações das plataformas marítimas P-38 (de armazenamento) e P-40 (de exploração e produção). Até agora não saiu. O Ibama sempre pede à Petrobras mais um documento. ...Ibama Nestes três anos, a Petrobras deixou de produzir, com essas plataformas, 10 milhões de barris de petróleo, e o país gastou desnecessariamente US$ 250 milhões com a importação de petróleo. Visitantes O número de feiras e congressos em 2002 em São Paulo deve ser 16% maior que neste ano, prevê o São Paulo Convention & Visitors Bureau. Esse mercado responde por 62% dos estrangeiros que visitam a cidade. E-mail: guilherme.barros@uol.com.br ANÁLISE Os juros e as reservas
Em países sujeitos a estresse
cambial, como o Brasil, há duas
formas de defesa para os bancos
centrais: manter as reservas tão
elevadas, que desencorajem as
apostas contra a moeda (como
fazem Taiwan e Coréia do Sul),
ou manter as taxas de juros elevadas. O conservadorismo do
BC, com manutenção das taxas
de juros em níveis altos, segundo estudo da consultoria Galanto, é reflexo da necessidade de
evitar perdas excessivas nas reservas. Diferentemente de países que passaram por choques
externos e optaram por acumular reservas elevadas (a Coréia,
com US$ 100 bilhões, volta a ser
exemplo), o nível das reservas
brasileiras (US$ 37,5 bilhões)
não pode ser considerado tranquilizador, o que justifica os altos juros mantidos pelo BC. |
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