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outro lado
Sindifumo diz apoiar idéia do governo
DA REPORTAGEM LOCAL
O Sindifumo, que reúne
empresas nacionais estabelecidas em São Paulo,
nega que seus sócios sejam
sonegadores, como acusa a
Receita Federal. Segundo
o sindicato, as empresas
contestam na Justiça uma
política tributária que beneficia duas corporações
multinacionais, a Souza
Cruz e a Philip Morris.
Essa política, em vigor
desde 1999, estabelece um
valor fixo de tributos por
maço -o mais simples,
por exemplo, paga R$ 0,62
de IPI, qualquer que seja
seu preço de varejo. "A
atual estrutura tributária
contribui para a injustiça
fiscal e promove a exclusão econômica e concorrencial de uma parte representativa das indústrias de cigarro no Brasil",
diz o Sindifumo em nota.
Estudo feito pela Fipecafi-USP (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), bancado pelo Sindifumo, aponta que os impostos representam 80,6%
para as indústrias que faturam até R$ 10 milhões.
Já para aquelas que têm
faturamento de R$ 2,5 bilhões a R$ 15 bilhões, a
carga cai para 63,44%.
A "assimetria tributária", segundo o estudo,
prejudica as empresas menores e gerou perda de
R$ 17 bilhões em arrecadação de 2000 a 2007.
O Sindifumo diz apoiar a
política de preço mínimo e
"qualquer medida de combate à ilegalidade".
A American Virginia,
que teve duas fábricas fechadas neste ano pela Receita, também diz que a
política foi feita para beneficiar as multinacionais.
Márcio Silva, advogado
da empresa, diz que não é a
acusação de sonegação.
"Os impostos estavam em
aberto porque havia uma
discussão judicial."
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