São Paulo, domingo, 09 de dezembro de 2007

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outro lado

Para ONGs, medida não põe fim a problema

DA REPORTAGEM LOCAL

A política de preço mínimo pode reduzir a sonegação, mas não resolve o problema mais sério do Brasil nesse setor: o baixo preço dos maços. A opinião é de Paula Johns, coordenadora da ACT (Aliança de Controle ao Tabagismo), uma rede que reúne mais de 300 organizações não-governamentais.
"Preço mínimo é uma solução esparadrapo: só estanca, não resolve o problema", afirma. Segundo ela, é preciso ter uma política de longo prazo para aumentar o preço do cigarro, com metas a curto, a médio e a longo prazos.
O aumento de preço é previsto na Convenção 4 da OMS (Organização Mundial da Saúde), um acordo assinado por 192 países, do qual o Brasil é signatário.
A política de preço mínimo pode ter duas conseqüências negativas, segundo ela: aumentar ainda mais a concentração do mercado nas mãos da Souza Cruz e da Philip Morris; e ampliar o lucro dessas empresas.
Com mais lucro, diz ela, as empresas teriam mais recursos para elevar o número de fumantes -o contrário do que o governo busca.


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