São Paulo, quarta, 9 de dezembro de 1998

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MERCADO FINANCEIRO

Bolsa cai 3,98% e saída de dólares cresce

da Reportagem Local

A Bolsa de Valores de São Paulo voltou a cair fortemente, ontem. O Ibovespa fechou em queda de 3,98%.
Os mercados de juro, câmbio e bradies operaram mais tranquilos, mas a saída de dólares cresceu. Até as 19h20 haviam deixado o país US$ 271 milhões pelo câmbio flutuante e US$ 67 milhões pelo comercial.
A Bovespa chegou a subir mais de 1% no dia, mas a tendência de baixa em Nova York, que fechou com queda de 0,47%, pesou sobre o resultado do pregão paulista.
O volume negociado foi pequeno, de R$ 392 milhões, o que minimiza o impacto da baixa.
Alguns especialistas analisam que o mercado acionário ainda não recuperou-se dos efeitos da derrota do governo no Congresso na semana passada e por isso está com comportamento errático.
Parte do pessimismo de ontem foi atribuída à expectativa em relação à votação da MP das entidades filantrópicas, marcada para hoje.
O temor de que o governo possa, mais uma vez, perder a votação fez com que alguns investidores vendessem ações para evitar prejuízos caso a medida seja rejeitada.
Os mercados futuros de juro e dólar tiveram um dia tranquilo e ligeiramente otimista. Os contratos de DI com vencimento em janeiro, que projetam o juro de dezembro, fecharam a 31,47% ao ano, contra 31,60% na segunda.
Os contratos de dólar com vencimento em janeiro (câmbio de dezembro) encerraram a R$ 1,212, com queda de 0,04% em relação ao dia anterior e projetando desvalorização de 0,93% no mês.
O C-bond, principal título da dívida externa brasileira chegou a cair durante o dia, atingindo cotação próxima a 61% do seu valor de face.
O papel fechou o dia praticamente inalterado em relação ao fechamento anterior, a 62,5%, recuperando-se no final. Segundo operadores, a recuperação, ocorrida após o fechamento dos demais mercados, deveu-se a uma expectativa otimista sobre a votação da MP das entidades filantrópicas.
A evasão de divisas ontem praticamente dobrou em relação aos dias anteriores.
As remessas foram relacionadas ao pagamento de operações de "63 caipira" que venceram e não foram renovadas. Também houve saída de recursos da Bolsa (Anexo IV). (VANESSA ADACHI)



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