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LUÍS NASSIF
Conforme alertado
Ao brasileiro jamais
ocorreria perguntar ao
Ministério das Relações Exteriores sobre a situação de países a serem visitados. Não é o
que ocorre nos Estados Unidos.
O Departamento de Estado
tem informações bem organizadas sobre todos os países, às
quais recorrem não só turistas
norte-americanos como europeus e asiáticos. As companhias de seguro também baseiam seus prêmios nessas informações oficiais, que levantam de epidemias a criminalidade.
No dia 7, quarta-feira, as informações sobre o Brasil foram
alteradas, com a ressalva de
que "esse texto reflete as mudanças no requerimento de entrada de cidadãos americanos
viajando ao Brasil e aumento
de criminalidade".
Não poupa nenhuma das três
grandes atrações brasileiras de
turismo internacional: o Carnaval nas grandes cidades, Foz
do Iguaçu e Amazônia.
Informações que constam do
site, no item "Cuidados e Segurança":
"Manifestações políticas e
greves trabalhistas acontecem
esporadicamente em áreas urbanas e podem causar distúrbios temporários no sistema de
transporte público. Todos os
protestos têm potencial para se
tornarem violentos. Embora
seja improvável que cidadãos
americanos sejam alvos durante esses eventos, são aconselhados a tomar precauções de
bom senso e evitar qualquer
grande reunião ou outro tipo
de evento que grupos tenham
organizado para manifestar
ou protestar. Indivíduos ligados a entidades criminosas
operam ao longo da Tríplice
Fronteira entre Argentina,
Brasil e Paraguai. Essas organizações estão envolvidas com
o tráfico de mercadorias ilícitas
e alguns indivíduos na área estão apoiando financeiramente
organizações terroristas internacionais."
"Cidadãos americanos devem estar atentos ao visitar
partes remotas da bacia amazônica. Casos recentes de violência contra interesses de cidadãos americanos, pescadores americanos e outros turistas aventureiros detidos por
raivosos indígenas (ou por seus
representantes do governo brasileiro da Funai) por avançar
em terras protegidas (...)".
No item "Crime": "As taxas
de criminalidade cresceram
em todo o Brasil, mas permanecem maiores nas grandes cidades. A incidência de crimes
contra turistas (..) prevalece especialmente durante o Carnaval. Ocasionalmente, crimes
contra turistas são violentos e
já levaram a algumas mortes.
(...) Crimes de rua também podem ocorrer tanto durante o
dia e áreas mais seguras da cidade não estão imunes a isso.
Assaltos em ônibus públicos
são frequentes e transporte desse tipo deve ser evitado (...)"
"Roubos armados de homens
e carros, alguns deles violentos,
e crimes de rua estão se tornando comuns. No Rio de Janeiro,
esforços de chefes do tráfico
presos para tomar poder sobre
a cidade levaram a uma violenta movimentação contra
autoridades locais e contra o
comércio. (...) Nos aeroportos,
lobbies de hotéis, estações de
ônibus e outros espaços públicos há muito batedor de carteira, e o roubo de bagagens de
mão, pastas e laptops é comum. (...) Raptos em carros estão aumentando em São Paulo
e outras cidades".
Esse aviso do Departamento
de Estado vai ficar no ar por
muito tempo e causará estragos duradouros ao turismo nacional.
E-mail -
Luisnassif@uol.com.br
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