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MERCADO FINANCEIRO
Entrada de recursos tem evitado valorização da moeda dos EUA, que fecha semana a R$ 2,833
Mesmo com atuação do BC, dólar recua
DA REPORTAGEM LOCAL
A atuação do Banco Central no
mercado de câmbio não segurou
o dólar. Em dia de fechamento de
expressivo volume de captações
no exterior, feitas por empresas
brasileiras, o dólar recuou 0,70%,
para R$ 2,833.
"Com a enxurrada de dólares
que tem entrado no mercado, se o
Banco Central não estivesse intervindo, a moeda poderia já estar
abaixo dos R$ 2,80", diz Carlos
Alberto Abdalla, diretor da corretora Souza Barros.
A Vale do Rio Doce anunciou a
captação de US$ 500 milhões no
mercado internacional, com prazo de 30 anos. Já a CSN abriu uma
emissão com bônus de dez anos
para captar US$ 200 milhões.
O BC passou a comprar dólares
na quinta diretamente no mercado para recompor suas reservas.
Os dois leilões feitos até o momento envolveram pequenos
montantes, segundo operadores.
Os C-Bonds seguiram em trajetória de alta, fechando novamente
acima dos 100% de seu valor de
face. Os títulos da dívida brasileira
encerraram ontem a US$ 1,0081.
Com a possibilidade de que o
Tesouro venha a exercer seu direito de recompra dos C-Bonds, o
que poderia retirar boa parte do
volume girado com esses títulos
ou mesmo extingui-los do mercado, a BM&F suspendeu ontem as
negociações de contratos futuros
do papel da dívida externa com
vencimento posterior a abril.
Com a alta dos C-Bonds, o risco-país está cada vez mais próximo dos 400 pontos. O mercado
continua esperando um anúncio
do governo sobre uma possível
emissão soberana, recompra de
C-Bonds ou uma troca por novos
títulos ("swap").
A Bovespa superou pela primeira vez os 24 mil pontos ontem.
Mas acabou fechando o pregão
aos 23.916 pontos, alta de 0,84%.
Apesar da captação recorde, o
papel PNA da Vale fechou com
baixa de 1,9%.
As ações das teles foram as que
mais subiram. No setor, o maior
ganho ficou com Telemig Participações PN, que subiu 6,7%.
As projeções dos juros negociadas na BM&F voltaram a cair. O
contrato DI (que segue as taxas
das operações entre os bancos) de
prazo mais curto recuou de
16,01% para 15,97%. Isso mostra a
expectativa de um corte de pelo
menos 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, hoje em 16,50%
anuais, na próxima reunião do
Copom.
(FABRICIO VIEIRA)
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