São Paulo, sábado, 10 de janeiro de 2004

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Petrobras não mudará preços no curto prazo

DA SUCURSAL DO RIO

Apesar da disparada dos preços do petróleo no mercado internacional, a Petrobras descarta mexer no preço dos combustíveis a curto prazo. A direção da estatal avalia que se trata de um movimento pontual e, por isso, não haverá repasses imediatos para os derivados.
O entendimento é que as altas das cotações internacionais ainda não justificam uma mudança dos preços no Brasil.
A política adotada pela Petrobras consiste em alinhar seus preços aos internacionais num período mais longo, sem repassar diariamente as oscilações do mercado externo. Com isso, a estatal evita transmitir pressões pontuais para os preços.
Essa política, adotada desde o início do governo Lula, só é válida para os três produtos usados por consumidores finais: gasolina, diesel e gás de cozinha. Derivados de consumo industrial, como o querosene de aviação, a nafta petroquímica e o óleo combustível, têm seus preços corrigidos mensalmente. Esses, sim, podem sofrer alterações até o final do mês.
No ano passado, nem a gasolina nem o diesel subiram de preço. Sofreram apenas uma redução em abril. O preço do gás de cozinha não aumenta desde dezembro de 2002.
A direção da Petrobras afirma que tanto o petróleo como os derivados têm oscilado dentro de um intervalo mais ou menos conhecido, sem fugir muito do patamar de preço determinado pela Opep (Organização de Países Exportadores de Petróleo). A organização fixou uma banda de variação de US$ 22 a US$ 28 o barril. Para 2004, a previsão da Petrobras é que o preço do petróleo fique mais próximo do nível médio da banda, em torno de US$ 25.


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