São Paulo, sábado, 10 de janeiro de 2004

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BARRIL DE PÓLVORA

Frio e baixo estoque nos EUA fazem cotação subir a US$ 34,31

Óleo tem maior preço desde guerra

DA REDAÇÃO

As cotações do petróleo subiram ontem aos maiores valores desde a Guerra do Iraque, no ano passado. Os preços foram pressionados pelos baixos estoques norte-americanos do produto e pelas baixas temperaturas registradas no nordeste do país, o que eleva o consumo do óleo utilizado no aquecimento doméstico.
Na Bolsa Mercantil de Nova York, a cotação do barril encerrou o dia com alta de 0,97%, cotado a US$ 34,31. Em um mês, a valorização acumulada é de 6,88%.
Trata-se do maior valor desde março do ano passado, quando os preços dispararam por causa dos preparativos dos ataques americanos ao Iraque. Os mercados trabalhavam com a hipótese de que um conflito mais demorado pudesse afetar a produção do Oriente Médio. Mas isso não ocorreu, e as cotações do barril do petróleo recuaram para patamares inferiores a US$ 30.
Em Londres, na Bolsa Internacional do Petróleo, o barril do tipo Brent teve uma valorização de 0,93%, cotado a US$ 31,37. Em 30 dias, a alta acumulada naquele mercado é de 4,57%.
Números divulgados pelo governo americano nesta semana revelaram que os estoques de petróleo do país caíram para 269 milhões de barris. O volume é o menor desde 1975.
Em termos nominais, sem levar em conta a correção monetária, as cotações do petróleo tiveram no ano passado o maior valor médio em duas décadas.
Além da possibilidade de o conflito no Oriente Médio afetar o fornecimento mundial, os preços estiveram pressionados pela relutância da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) em elevar a produção de seus membros.

Shell reduz reservas
Outra notícia que abalou o mercado foi o fato de a Shell ter anunciado que houve uma superestimativa de suas reservas conhecidas de petróleo e gás. De acordo com a petrolífera, 20% de todas as reservas terão reduzidas as estimativas de produção.


Com agências internacionais


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