|
Próximo Texto | Índice
Alckmin já prepara plano econômico
O governador Geraldo Alckmin já começou a dar os primeiros passos com o objetivo de montar a sua plataforma de governo na economia para
disputar a indicação do PSDB para concorrer à Presidência.
Desde o final de passado, Alckmin tem se reunido semanalmente com diversos especialistas, principalmente da área econômica, para ter um amplo conhecimento dos principais problemas do país. As reuniões duram três horas em média.
Um dos primeiros a participar
desses encontros foi o ex-presidente do BC Armínio Fraga. Outro interlocutor de Alckmin tem
sido o economista Yoshiaki Nakano, da Fundação Getulio Vargas. A lista é grande e inclui também nomes como os de Luiz Carlos Mendonça de Barros, Raul
Velloso, Roberto Giannetti da
Fonseca, Paulo Renato de Souza,
José Cechin e José Pastore.
Segundo uma pessoa próxima
a Alckmin, os grupos não são fixos. Alckmin quer se preparar o
quanto antes para mostrar ao
PSDB que pode ser uma opção
melhor do que José Serra na "briga" para disputar a Presidência.
Ao manter essa rotina de encontros permanentes com especialistas em diferentes áreas, sendo que a maioria com passagens
pelo governo FHC, Alckmin quer
deixar claro uma de suas principais diferenças em relação ao
prefeito de São Paulo, José Serra.
Enquanto Serra é definido como centralizador, que seria ao
mesmo tempo presidente e ministro da Fazenda, Alckmin quer
deixar bem claro que pretende
fazer um governo plural e com a
participação de nomes de peso
para cuidar das principais áreas,
como a economia.
Alckmin pretende utilizar na
campanha as lições que tem recebido. Ele tem defendido, por
exemplo, a idéia de déficit nominal zero, uma proposta antiga de
Yoshiaki Nakano, um dos seus
interlocutores mais freqüentes.
PARCERIA DE GIGANTES
A Vale do Rio Doce e a Petrobras anunciam hoje a sua primeira parceria internacional. As
duas companhias vão atuar na
pesquisa e na exploração de gás
natural em Moçambique. Se os
estudos evoluírem, o gás vai servir para alimentar a futura mina
de carvão que a Vale está desenvolvendo no país africano.
PRECISA-SE
Dois dos mais estratégicos
cargos empresariais no país
estão vagos. As cadeiras de diretor de marketing da Vivo e
da TIM ainda não foram ocupadas. Cada uma delas, de
duas gigantes da telefonia nacional, movimenta uma verba
que chega a ser superior a
R$ 100 milhões por ano.
SINAL DE CONFIANÇA
O presidente da Varig, Marcelo
Bottini, encontra-se hoje com o
presidente da BR Distribuidora,
Rodolfo Landim, para negociar a
renovação do contrato de fornecimento de combustível com a
companhia aérea. A BR é um dos
maiores credores da Varig, e a
renovação pode representar um
sinal de confiança na empresa.
CONQUISTA
A operação da Siemens no Brasil acaba de concluir o levantamento dos dados relativos ao
ano fiscal encerrado em outubro.
No período, a empresa conquistou a liderança no segmento de
PABX para micro e pequenas
empresas, com crescimento de
18 pontos percentuais, de 25%
no exercício anterior para 43%.
BENEFICENTE
A fabricante suíça IWC
Schaffhausen decidiu leiloar
um de seus mais antigos relógios para reverter a renda para a Fundação Laureus, que
mantém programas esportivos em todo o mundo em
prol de crianças carentes. A
empresa arrecadou U$S 42,9
mil com a venda do modelo
Big Pilot -foram fabricados
apenas mil peças em 1940. O
nome de quem arrematou o
relógio não foi divulgado.
NOVOS MERCADOS
O reposicionamento do setor calçadista brasileiro no mercado
mundial e a escolha do país como local de produção de marcas
européias serão dois dos "panos de fundo" da próxima Couromoda, dos dias 16 a 19, em São Paulo. "Cada vez mais exportamos produtos de maior valor agregado. Antes, trabalhávamos
com grandes distribuidores. Agora estamos em contato com
pequenos lojistas, que são quem compram esses produtos", diz
Francisco Santos, fundador e presidente da Couromoda, que
atrairá entidades varejistas dos EUA e da Europa. Essa mudança
de perfil tem permitido ao setor atenuar a perda de rentabilidade por conta do câmbio. Outro foco do setor será a negociação
de parcerias com fabricantes de países como Itália e Espanha,
que começam a transferir a produção para fora da Europa devido aos elevados custos trabalhistas da região. A expectativa é
que a feira gere em negócios ao menos R$ 5 bilhões.
CUSTO BRASIL
A crise política tem afetado,
sim, os negócios das empresas que atuam no comércio
exterior. É o que revela pesquisa recém-concluída pela
Abracex (Associação Brasileira de Comércio Exterior),
com 243 empresas. Para 83%
dos entrevistados, a crise causa apreensões e inibe o desenvolvimento dos negócios.
Além da crise e de questões
recorrentes como câmbio, juros e carga tributária, outro
motivo de preocupação, segundo Roberto Segatto, presidente da entidade, é a lentidão da Justiça no país, especialmente a trabalhista, considerada paternalista. "Em recente viagem à Europa, um
quarto das empresas que visitei se mostrou preocupada
com essa questão", diz.
Próximo Texto: Usar álcool só traz vantagem em 11 Estados Índice
|