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Associação do Rio prevê queda de 50% na conversão de carros a gás
RAQUEL ABRANTES
DA SUCURSAL DO RIO
A ABGNV (Associação Brasileira de Gás Natural Veicular)
estima queda de 50% na demanda pela conversão de veículos a gás em 2008 no Estado
do Rio. Entre os motivos, além
da previsão de reajuste do combustível de 15% a 25% nos próximos dois anos pela Petrobras,
houve uma corrida para a conversão no final de 2007, pela
possibilidade de fim do desconto de 75% no valor do IPVA
neste ano no Rio, o que esvaziou a demanda pelo kit gás em
janeiro. O incentivo para o uso
de GNV, contudo, foi mantido.
"Uma média considerada
ruim em 2007 era a conversão
de dois carros por dia em cada
loja. Hoje, a média está em menos de um carro", disse o conselheiro regional da ABGNV,
Márcio Paschoal, acrescentando que o Estado do Rio conta
com 250 lojas conversoras.
Paschoal lembra que, no início do ano, os compromissos financeiros com as festas de dezembro, viagens, tributos e despesas escolares também reduzem a procura pelo kit gás
-que custa em média R$
1.800-, mas ele acredita que a
proximidade do Carnaval possa
aquecer o mercado. "As pessoas
preparam o carro para viajar."
Dos 4.176.005 veículos do
Estado do Rio, 623.295 (15% da
frota) são convertidos a gás, segundo dados de dezembro do
Detran-RJ, quando foram realizadas 21.481 alterações de característica. De acordo com a
mais recente atualização do
IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo), em novembro, o Rio de
Janeiro tem 42% da frota nacional de GNV e 457 postos.
Gargalo
O fornecimento de gás natural é o principal gargalo para a
segurança no abastecimento de
energia nos próximos dois
anos: não há insumo suficiente
para atender a todos os consumidores (termelétricas, indústria, automóveis e residências)
simultaneamente.
O presidente da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), Eduardo
Eugênio Gouvêa Vieira, divulgou nota em que diz temer novos episódios de falta de gás já a
partir de fevereiro. Um dia de
paralisação no fornecimento,
segundo a Firjan, gera perdas
de R$ 19,6 milhões ao setor, já
que o gás natural responde por
25% do consumo energético da
indústria fluminense.
Em 30 de outubro, a Petrobras reduziu em 17% o fornecimento para São Paulo e Rio para assegurar a geração de energia nas termelétricas do país.
Postos de GNV e grandes indústrias fluminenses tiveram o
fornecimento comprometido.
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