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CONSUMO
Vendas cresceram 2% mundialmente em 96, segundo o grupo LVMH
Fabricante de champanhe
investe no público jovem
SUZANA BARELLI
da Reportagem Local
A Möet Hennessy, divisão de bebidas do grupo Möet Hennessy
Louis Vuitton (LVMH), trabalha
para democratizar o consumo de
champanhe -tanto o importado
da França como o nacional, conhecido como espumante.
``A idéia é democratizar e não
banalizar o consumo da bebida'',
diz Pierre Letzelter, presidente
mundial da divisão de bebidas do
grupo, especializado em produtos
de luxo.
Ou seja, o champanhe deve continuar com a imagem de bebida requintada, mas deve ganhar novos
consumidores, diz o executivo,
que encerrou, na semana passada,
uma visita de negócios pelos Estados Unidos, Argentina e Brasil.
Sua intenção é mostrar aos jovens o sabor da bebida e, com isso,
atraí-los para consumir o champanhe. ``Estamos investindo mais
em degustações e marketing.''
Somente no Brasil, o investimento em marketing em 1997 tem
um aumento previsto de 128% em
relação ao volume de 1996, não revelado, diz Davide Márcovith, diretor-geral da Chandon do Brasil.
Consumo mundial
Letzelter diz que o consumo
mundial de champanhe cresceu
2% no ano passado -ele não revela o volume de venda ou o faturamento. As vendas dos champanhes do grupo -Möet & Chandon, Dom Pérignon, entre outras- aumentaram mais: 5%.
A participação da América Latina -a subsidiária Chandon do
Brasil produz espumantes no Rio
Grande do Sul e há uma unidade
na Argentina- também cresceu.
Hoje, os dois países são responsáveis por 30% da produção de espumantes fora da França. Há três
anos, essa participação era de 18%.
``O resultado mostra que estamos conseguindo ganhar novos
consumidores'', afirma.
O interesse do LVMH pelo Brasil
cresceu com a estabilidade econômica desta década, diz Letzelter.
Segundo ele, impostos de importação altos e público consumidor
acostumado a bebidas de altos teores alcoólicos atrapalhavam o
crescimento desse mercado.
``Não tínhamos descoberto o
Brasil'', diz Letzelter. Em 1996, as
vendas das bebidas cresceram 50%
(importadas) e 25% (nacionais).
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