EDUARDO CUCOLO
da Reportagem Local

A indústria paulista registrou recuperação no número de postos de trabalho no mês passado. O crescimento, de 0,06%, equivale a uma recuperação de 954 postos de trabalho.
É a primeira vez, nos últimos cinco anos, que o número de contratações nas fábricas supera o número de demissões no primeiro mês do ano no Estado.
O resultado faz parte da pesquisa da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) sobre o Nível de Emprego Industrial no Estado de São Paulo.
"Esse número não é uma surpresa e confirma a recuperação das atividades no setor industrial", disse Roberto Faldini, diretor do departamento de pesquisas econômicas da Fiesp.
Apesar desse resultado positivo, a Fiesp registra uma redução equivalente a 41.208 empregos nos últimos 12 meses.
Faldini prevê estabilidade no número de postos de trabalho, sem períodos de muitas contratações ou muitas demissões na indústria paulista.
"Nem picos nem vales", afirma Faldini em sua avaliação para este ano. "Devemos fechar o ano 2000 com um índice positivo", diz o diretor da Fiesp.
A pesquisa é realizada com 47 sindicatos do setor.
Entre os que apresentaram os melhores resultados estão fundição (3,11%) e produtos farmacêuticos (2,48%).
Os setores que registraram maior redução de empregos foram congelados (-4,5%) e relojoaria (-3,11%).

Nota vermelha
O governo federal está fazendo melhor a sua lição de casa. Essa é a avaliação do empresariado paulista, que deu em janeiro a maior nota registrada desde o início da pesquisa que a Fiesp e o instituto Vox Populi realizam com os empresários do setor, em junho do ano passado.
O Índice de Confiança da Indústria no Governo foi de 4,7 (os números variam de 0 a 10) e o Índice de Avaliação de Gestão Governamental, de 4,6.
As notas tiveram um crescimento de 17% e 12%, respectivamente, em relação a dezembro. Os índices são as médias obtidas em uma série de perguntas. Todas as respostas apresentaram avaliação superior, em relação ao mês anterior.
Imagem do Brasil no Mercado Internacional e Política Cambial foram as únicas notas acima de 5, ambas com 5,5.
Segundo o diretor da Fiesp, os índices de recuperação da indústria estão se refletindo na avaliação que os empresários fazem do governo.


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