São Paulo, quarta-feira, 10 de março de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Juros futuros fecharam pressionados na BM&F; Bovespa encerrou o pregão com baixa de 1,39%

Alta dos preços não agrada ao mercado

DA REPORTAGEM LOCAL

A divulgação do resultado do IGP-DI de fevereiro, que mostrou alta de 1,08% nos preços, causou desconforto no mercado. As projeções dos juros futuros subiram e mesmo os mais otimistas passaram a considerar muito remota a possibilidade de o BC reduzir a taxa básica na próxima semana.
A Bovespa também não repercutiu positivamente os números que apontaram elevação dos preços no mês passado. A Bolsa fechou com recuo de 1,39%, depois de chegar a subir 0,4%.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), todos os contratos de juros encerraram com taxas em patamares mais elevados que os registrados no pregão anterior. No contrato DI (juro interbancário) de prazo mais curto, a taxa foi de 16,14% para 16,17%. No DI de janeiro, o mais negociado, saltou de 15,35% para 15,48%.
Na próxima semana, o Copom (Comitê de Política Monetária) realiza seu encontro mensal e define como fica a taxa básica da economia, que está em 16,5% ao ano. Nas duas reuniões de 2004, o Copom manteve os juros inalterados, alegando preocupação com a pressão inflacionária.
"O mercado já vinha sem força, mas o IGP-DI azedou de vez o humor dos investidores", afirmou Michel Campanella, analista da corretora Socopa.
O dólar encerrou o dia com pequena alta de 0,24%, a R$ 2,883.
No pregão de ontem na Bolsa, a ação preferencial da AmBev voltou a ser destaque negativo. A ação da empresa liderou as perdas, com baixa de 6,6%. Segundo relatório da consultoria Global Invest, os investidores estão vendendo as ações PN da AmBev para comprar os papéis ON da empresa. O movimento teve início após o anúncio do negócio entre a AmBev e a Interbrew.

Embratel
Em um dia ruim para o setor de telecomunicações, a ação com direito a voto (ON) da Embratel Participações continuou demonstrando ter forças. Ontem a alta do papel foi de 1,3%. No mês, a valorização é de 13%. O mercado especula com a venda da companhia por sua controladora. Segundo o diretor de uma corretora do Rio, a Telos (fundo de pensão dos funcionários da Embratel) segue interessada no negócio, tendo acertado a participação de um investidor estrangeiro na formação de um consórcio para comprar a empresa. (FABRICIO VIEIRA)


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