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MERCADO FINANCEIRO
Juros futuros fecharam pressionados na BM&F; Bovespa encerrou o pregão com baixa de 1,39%
Alta dos preços não agrada ao mercado
DA REPORTAGEM LOCAL
A divulgação do resultado do
IGP-DI de fevereiro, que mostrou
alta de 1,08% nos preços, causou
desconforto no mercado. As projeções dos juros futuros subiram e
mesmo os mais otimistas passaram a considerar muito remota a
possibilidade de o BC reduzir a taxa básica na próxima semana.
A Bovespa também não repercutiu positivamente os números
que apontaram elevação dos preços no mês passado. A Bolsa fechou com recuo de 1,39%, depois
de chegar a subir 0,4%.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), todos os contratos de juros encerraram com taxas em patamares mais elevados
que os registrados no pregão anterior. No contrato DI (juro interbancário) de prazo mais curto, a
taxa foi de 16,14% para 16,17%. No
DI de janeiro, o mais negociado,
saltou de 15,35% para 15,48%.
Na próxima semana, o Copom
(Comitê de Política Monetária)
realiza seu encontro mensal e define como fica a taxa básica da
economia, que está em 16,5% ao
ano. Nas duas reuniões de 2004, o
Copom manteve os juros inalterados, alegando preocupação
com a pressão inflacionária.
"O mercado já vinha sem força,
mas o IGP-DI azedou de vez o humor dos investidores", afirmou
Michel Campanella, analista da
corretora Socopa.
O dólar encerrou o dia com pequena alta de 0,24%, a R$ 2,883.
No pregão de ontem na Bolsa, a
ação preferencial da AmBev voltou a ser destaque negativo. A
ação da empresa liderou as perdas, com baixa de 6,6%. Segundo
relatório da consultoria Global
Invest, os investidores estão vendendo as ações PN da AmBev para comprar os papéis ON da empresa. O movimento teve início
após o anúncio do negócio entre a
AmBev e a Interbrew.
Embratel
Em um dia ruim para o setor de
telecomunicações, a ação com direito a voto (ON) da Embratel
Participações continuou demonstrando ter forças. Ontem a
alta do papel foi de 1,3%. No mês,
a valorização é de 13%. O mercado especula com a venda da companhia por sua controladora. Segundo o diretor de uma corretora
do Rio, a Telos (fundo de pensão
dos funcionários da Embratel) segue interessada no negócio, tendo
acertado a participação de um investidor estrangeiro na formação
de um consórcio para comprar a
empresa.
(FABRICIO VIEIRA)
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